Cuiabá, quinta-feira, 25/04/2024
15:42:53
informe o texto

Notícias / Política

25/05/2021 às 20:17

Após destituição, grupo de João Batista sofre perseguição dentro do Pros

O clima definitivamente esquentou entre filiados e o racha está cada vez mais evidente entre grupo do parlamentar e o de Gisela Simona

Eduarda Fernandes e Alline Marques

Após destituição, grupo de João Batista sofre perseguição dentro do Pros

Foto: JL Siqueira / ALMT

Após destituição do deputado estadual João Batista da presidência estadual do Partido Republicano da Ordem Social (Pros-MT), o clima definitivamente esquentou entre filiados e o racha está cada vez mais evidente entre grupo do parlamentar e o de Gisela Simona, candidata a prefeita de Cuiabá derrotada nas urnas em 2020.

João Batista foi retirado do cargo por ordem da direção nacional do partido, que apontou o fim de seu mandato no posto. Ele, contudo, rechaça a alegação e, inclusive, apresentou ata devidamente registrada e reconhecida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostrando que seu mandato teria vigência até o dia 1º de novembro de 2021.

Leia também - Documentos atestam que mandato de deputado à frente do Pros iria até novembro

Acontece que mesmo o deputado tendo comprovado a legitimidade de seu mandato, aliados de Gisela fazem uma espécie de “caça às bruxas” contra João Batista e seu grupo, numa tentativa de forçá-los a abandonar a sigla antes da janela partidária, que abre só em abril de 2022.

O parlamentar já disse que está aguardando o período para evitar perder mandato de deputado, caso contrário pode ser acusado de infidelidade partidária. Mas, aguardar até lá promete ser uma missão difícil.

Conforme o Leiagora apurou, a pressão para empurrar João Batista para fora do Pros é tamanha que tem atingido até seus aliados, que têm recebido mensagens, bem diretas, em grupos de whats. Para se ter uma ideia, no grupo “Pros – Várzea Grande”, uma das lideranças do partido no município encaminhou uma matéria que noticiava a destituição de João Batista, seguida da seguinte mensagem.

“Parabéns ao Pros e que faça isso com os outros que agora falam que ninguém o ajudou e ganhou a política sozinho, você só conhece o homem quando ele detém o poder, mas o poder é passageiro”.

O ataque teria sido direcionado ao vereador Braz Jaciro, aliado do deputado, que tem se sentido acuado dentro do partido.

O início de tudo

A rusga entre João Batista e Gisela começou nas eleições de 2020. Naquele pleito, ele se empenhou na campanha de Gisela, que foi derrotada na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. No segundo turno, o grupo declarou apoio à candidatura do então vereador Abílio Brunini (Podemos), que perdeu para o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Ocorre que um dos integrantes do partido, o sindicalista Oscarlino Alves (hoje secretário de Cultura de Cuiabá), não seguiu a orientação da diretoria e declarou apoio a Emanuel. Gisela exigiu que ele fosse expulso da legenda, mas Batista, então presidente, recusou. O parlamentar chegou a assumir que apesar do apoio do grupo, ele mesmo não fez campanha para Abílio e que se atendesse o pleito de Gisela, teria que expulsar mais pessoas.
 
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet