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02/06/2021 às 18:30 | Atualizada: 02/06/2021 às 19:47

Ouvido na CPI dos Medicamentos, ex-secretário adjunto diz que era ‘mero passador de papel’

Da Redação - Eduarda Fernandes / Reportagem local - Kamila Arruda

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos colheu, na tarde desta quarta-feira (2), as oitivas do secretário-adjunto de Gestão de Saúde, João Henrique Paiva, e do ex-secretário-adjunto da Atenção Primária, Luis Gustavo Palma. Os depoimentos ocorreram de forma presencial no gabinete da presidência.

Primeiro a ser ouvido, Paiva Ele garantiu que não teve nenhuma participação no processo de contratação da empresa Norge Pharma, tanto que não consta sua assinatura em nenhum documento relativo a esse trâmite. Disse, ainda, que a licitação para aquisição de medicamentos e insumos é feita com base na demanda repassada pela atenção primária.

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“Desejo, sim, que sejam apurados os fatos e que a gente possa esclarecer toda essa situação. Mas, é uma pasta muito pesada. Essa situação dos medicamentos não é fruto de má compra ou de alguma ingerência. Aconteceu, vamos trabalhar para que isso não ocorra mais e que os fatos sejam esclarecidos”, disse aos parlamentares.

Em seguida foi ouvido Luiz Gustavo, que afirmou ter sido “um mero passador de papel”, pois recebia a demanda de falta de medicamentos e repassava adiante. Ele ainda elogiou a Norge Pharma e disse que executam um bom trabalho.

“A minha função lá, na verdade, era assistencial. Eu tinha que manter a questão dos médicos, enfermeiros. Eu não gerava demanda, na verdade eu recebia da ponta. Eu era um mero, nessa função de compra aí, era um mero passador de papel. Vamos supor que faltava amoxilina na ponta, eu recebia um documento do responsável da ponta onde estava faltando, pegava esse papel e entregava para a secretaria de Gestão, que era o Henrique e para o secretário da época que estava na pasta”, pontuou.

A CPI

Até o momento, os membros da CPI já colheram o depoimento de quatro pessoas. Trata-se do ex-secretário de Saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho, do coordenador de TI da Secretaria de Saúde, Gilmar de Souza Cardoso, do ex-secretário de Governo, Lincoln Sardinha, e do proprietário da Norge Pharm, Dirceu Luis Pedroso Junior.

A Comissão é formada pelos vereadores Lilo Pinheiro (PDT), que responde pela presidência Marcus Brito Junior (PV), relator do processo e ainda pelo tenente coronel Paccola (Cidadania), que figura como membro titular.
 
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