'Medicamentos foram comprados com sobrepreço de 90%', diz Deccor
Kamila Arruda
Investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) apontam que remédios que não são utilizados para combater a covid-19, foram adquiridos pela Secretaria de Saúde da Capital de forma emergencial, com sobrepreço de até 90%.
A informação é do delegado Eduardo Botelho, que classifica os fatos como “gravíssimos”. “Houve aquisição realizada sem licitação com dispensa em licitação, baseada na justificativa de que essa aquisição seria para o combate à pandemia. Só que a medicação adquirida, em si, não é uma medicação utilizada no combate à covid-19”, explicou o delegado.
As aquisições foram feitas com dispensa de licitação, mecanismo que pode ser usado em situações de emergência, como é o caso da pandemia da covid-19. De acordo com Botelho, mais de um medicamento que não é utilizado para o tratamento do coronavírus foi adquirido de forma emergencial.
“Teve medicação adquirida com sobrepreço de até 90%, que foi adquirida com base nessa dispensa, que na verdade não era usada no combate à covid e ainda foi adquira com um sobrereço de 90%. É um fato gravíssimo”, disse.
As irregularidades foram contatadas por meio de um inquérito criminal que deu origem à Operação Overpriced, que teve a segunda fase deflagrada na manhã desta quinta-feira (10).
O delegado ainda não descarta a deflagração de uma terceira fase. “Ainda faltam algumas pessoas, existem algumas oitivas pendentes de conclusão. Dpendendo do que foi colhido nessas oitivas pode ter uma terceira fase, não está descartada”, finalizou.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.