Apartamento de R$ 2 milhões de Alan Malouf é colocado a leilão pela Justiça
Camilla Zeni
Apartamento de luxo do empresário Alan Ayoub Malouf, avaliado em R$ 2 milhões, foi colocado para leilão com autorização da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. O valor arrecadado deverá ser usado como parte de pagamento do acordo de delação premiada do empresário, pivô da Operação Rêmora.
Trata-se de um apartamento no Edifício Forest Hill, localizado no bairro Jardim Ubirajara, na saída para o município de Chapada dos Guimarães (MT-251). O local conta com uma área privativa de 441,5m² e área total de 754,5m², com quatro vagas de garagem no 2 subsolo, além de cinco suítes com sacadas, sendo uma master, com dois banheiros.
O apartamento tem ainda um escritório, uma varanda com SPA e churrasqueira, um hall íntimo, a cozinha, uma área de prataria, área de serviço, despensa, ar condicionado na sacada, um box de despejo e um lavabo.
O leilão será realizado no dia 23 de junho, das 13h às 16h, de forma online pelo site www.estanciabahia.com.br e pelo aplicativo EBLWEB. Na primeira praça, o lance mínimo é o valor do imóvel. Já a segunda praça é prevista para o dia 7 de julho, das 13h às 16h com lance mínimo de 80% do valor de avaliação.
Os interessados em participar do leilão eletrônico deverão se cadastrar e habilitar em até 48 horas antes do encerramento do leilão, ou seja, até o dia 21 de junho e 5 de julho.
Delator
Alan Malouf é delator da Operação Rêmora, que apurou desvio de recursos na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para pagamento de dívidas de campanha do ex-governador Pedro Taques em 2016. Malouf havia sido coordenador financeiro da campanha de 2014 de Taques e denunciou diversos crimes ao longo de 20 anexos em sua delação.
O sigilo da delação caiu em 2018 dando luz às denúncias. Entre os casos relatados estão a fraude na Seduc, esquemas de corrupção e caixa dois para pagamento das dívidas de campanha e intervenções junto ao Gaeco.
Malouf se comprometeu a pagar R$ 5,5 milhões em 10 parcelas. Desse valor, R$ 4 milhões são referentes a multa e R$ 1,5 milhão de indenização por danos morais pelos crimes cometidos. A última prestação é prevista para dezembro de 2022. Sua delação também estipulou o cumprimento de 15 anos de prisão, sendo 7 meses em prisão domiciliar, 1 ano e cinco meses no regime semiaberto e 13 anos no regime aberto diferenciado, o que o isenta do uso de tornozeleira eletrônica.
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