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16/06/2021 às 14:31 | Atualizada: 16/06/2021 às 14:56

MPE vai investigar padre que fez declarações homofóbicas durante missa

Leiagora

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) irá investigar o padre que fez declarações homofóbicas durante uma missa, no município de Tapurah (451 Km distante de Cuiabá), e colher os subsídios necessários para adoção de medida judicial.

Em vídeo que circulou nesta quarta-feira (16), o padre Paulo Antônio Müller chama o repórter da Rede Globo Erick Rianelli e o marido de “veados”. O jornalista se declarou ao marido durante um link ao vivo, no telejornal Bom Dia RJ, apresentado no Dia dos Namorados (Veja o vídeo abaixo). 

O padre classificou a declaração como “ridícula” e completou dizendo: “pegue a bíblia e olhe o livro do Gênesis: Deus criou o homem e a mulher, concebeu a família para os dois se unirem. Esse é o casamento. Não chamem as relações dos veados, das lésbicas de casamento, por favor. Isso é uma falta de respeito para com Deus, isso é sacrilégio é blasfêmia”. A celebração religiosa viralizou na internet após ser transmitida pelo Facebook. 


Em nota publicada no site do órgão, o Ministério Público Estadual, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos e Diversidades, informou que as declarações efetuadas pelo padre extrapolaram a liberdade religiosa e que podem até mesmo resultar em medidas extrajudiciais, de ação civil pública por dano moral coletivo causado à sociedade, bem como ação penal, por eventual crime cometido.

Confira a nota na íntegra:

"Em relação às declarações homofóbicas feitas durante uma missa por um padre da Igreja Católica no município de Tapurah (451 Km de Cuiabá), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso informou que instaurou procedimento investigatório para apurar os fatos e colher os subsídios necessários para adoção de medida judicial cabível.

O Ministério Público Estadual, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos e Diversidades, repudia qualquer tipo de discurso de ódio. Reitera que as declarações efetuadas pelo padre extrapolaram a liberdade religiosa e que podem até mesmo resultar na propositura de medidas extrajudiciais, de ação civil pública por dano moral coletivo causado à sociedade, bem como ação penal, por eventual crime cometido".
 
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