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21/06/2021 às 07:43 | Atualizada: 21/06/2021 às 07:44

Escolha de Bolsonaro para 2022 pode afastar PSL de Mauro

Da Redação - Eduarda Fernandes / Reportagem Local - Gabriella Arantes

O partido que Jair Bolsonaro escolher para se filiar, mirando sua reeleição em 2022, deve impactar na movimentação política em Mato Grosso. Atualmente, o presidente está com romance engatado com o Patriotas, contudo, seu retorno ao Partido Social Liberal não está completamente descartado.

Ainda mais considerando o fato de que o PSL é a sigla com segundo maior tempo de propaganda eleitoral gratuita, ficando atrás apenas do arquirrival de Bolsonaro, o Partido dos Trabalhadores. E mesmo que Bolsonaro migre para o Patriotas, há uma tendência que o PSL componha sua base.

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Ocorre que, em Mato Grosso, o PSL se aproxima da base de Mauro Mendes (DEM), e pode, inclusive, indicar o vice candidato a governador, caso o democrata vá à reeleição. Todavia, no cenário nacional, o DEM ensaia lançar o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, à presidência da República, para bater de frente com Bolsonaro.

Deste modo, caso o PSL realmente integre a base de Bolsonaro em 2022, a aproximação da sigla com Mauro pode sofrer interferência da nacional.

Isso porque, paralelo a toda essa movimentação, o grupo da direita mais conservadora em Mato Grosso pretende lançar candidato próprio ao Governo do Estado e, para tanto, deve cooptar o apoio do PSL.

Segundo o deputado federal José Medeiros (Podemos), ainda tá muito indefinido para onde o presidente vai, mas caso Bolsonaro vá para o PSL, “óbvio que essas coisas todas vão ser discutidas e aí não pode se dizer que é uma coisa que tá pronta e acabada, né? É uma coisa a se discutir, obviamente, porque se o Governador não está conosco, não tem porque o partido do presidente, eventualmente, estar com ele, né?!”, ponderou.

Apesar disso, Medeiros ressaltou que as conversas ainda estão no campo das hipóteses e, antes, é preciso aguardar a decisão do presidente. “Para, então, começar essas discussões todas, porque nós temos um arco aí de vários partidos e, lógico, tem que conversar com todo mundo”.

O parlamentar enfatiza que política é feita de prosa e que não dá para saber se é possível que o PSL volte a compor o grupo. “Mas a gente sabe que vai enfrentar uma máquina. E máquina é máquina. Eu me lembro que quando nós enfrentamos o Silval lá em 2010, sofremos esse mesmo tipo de ataque nas siglas. E acabam ficando aquelas que estão bem comprometidas mesmo com o projeto. Os outros que não aguentarem o cheiro da brilhantina acabam saindo mesmo”.
 
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