Governador ironiza denúncia de Emanuel e defende investigação da Corregedoria
Kamila Arruda
O governador Mauro Mendes (DEM) defende que a Corregedoria Geral da Polícia Civil apure a denúncia feita pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sobre uso da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para perseguição política.
O democrata ainda alfineta o chefe do Executivo Municipal, e ressalta a independência da unidade policial. “O governador Mauro Mendes espera que a Corregedoria Geral da Polícia Civil analise a denúncia o mais breve possível, com a independência que sempre pautou as ações da instituição”, disse nota encaminhada pelo Governo do Estado.
Pinheiro protocolou nesta terça-feira (22) uma representação solicitando apuração do uso político da Deccor por parte do governador. Isto porque o município foi alvo de uma série de operações coordenadas pela delegacia.
A primeira foi deflagrada em junho do ano passado e culminou no afastamento do então secretário de Educação Alex Vieira. Trata-se da Operação Overlap, a qual investiga suspeita de lavagem de dinheiro promovida pela gestão da Educação na capital. Em setembro, uma nova fase da operação ainda derrubou o procurador-geral do município, Marcus Brito.
Já no mês de outubro, a Deccor deflagou a Operação Overpriced, que afastou o então secretário de Saúde Luiz Antônio Possas de Carvalho do cargo. Ele é suspeito de liderar esquema de aquisição de medicamentos (Ivermectina) pela modalidade de dispensa de licitação, a qual, em primeira análise, teria ocorrido em valores muito superiores ao praticado.
Em maio deste ano, uma nova secretaria foi alvo da Delegacia. Foi deflagrada a Operação Sinal Vermelho, que culminou no afastamento do secretário de Mobilidade Urbana da capital Antenor Figueiredo. Investigação aponta um prejuízo de, ao menos, R$ 500 mil aos cofres públicos por meio de um contrato de aquisição de semáforos inteligentes.
Por fim, a Deccor anda deflagou a segunda fase da Operação Overpriced, após detectar diversas irregularidades em procedimentos licitatórios envolvendo, ao menos, três empresas que forneceram medicamentos à Secretaria Municipal de Saúde, por meio de dispensa de licitação, durante o período da pandemia ocasionada pela covid-19.
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