Impulsionados por variante, casos de covid crescem 10% na Europa
Leiagora
O temor de uma nova onda da pandemia ressurgiu na Europa após a Organização Mundial de Saúde (OMS) informar nesta quinta, 1º, que, nos últimos sete dias, houve um aumento de 10% no número de casos confirmados no continente, após semanas de queda. A maioria dos casos, segundo a OMS, é atribuída à variante Delta - identificada inicialmente na Índia - e mais contagiosa que outras cepas.
O diretor da OMS para a Europa - não apenas a União Europeia, mas 53 territórios, incluindo Israel -, Hans Kluge, afirmou que o novo pico foi provocado pela reabertura dos países sem que as pessoas ainda estejam totalmente imunizadas, já que 63% da população ainda aguarda por uma primeira dose.
"Na semana passada, o número de casos subiu 10%, em razão do aumento dos contatos, às viagens e ao fim das restrições sociais. Haverá uma nova onda na região europeia, a não ser que continuemos sendo disciplinados", afirmou Kluge.
Um exemplo é o grande surto registrado em Mallorca, na Espanha, após uma viagem de estudantes que comemoravam o fim do ano letivo. Quase 2 mil casos de contágios foram confirmados e cerca de 6 mil pessoas estão em quarentena.
Os cientistas acreditam que a variante Delta pode ser duas vezes mais transmissível que o coronavírus original, e seu potencial para infectar algumas pessoas parcialmente vacinadas alarmou as autoridades de saúde pública.
Uma estimativa do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, divulgada na semana passada, aponta que 90% dos casos de covid-19 na UE serão causados pela variante Delta até o final de agosto.
Apesar da ameaça, a maioria das vacinas existentes parece ser eficaz para impedir o agravamento da infecção pela variante. Estudos iniciais apontam que os infectados desenvolvem apenas casos leves ou assintomáticos.
Especialistas dizem que, com a disseminação de novas variantes, taxas de vacinação mais altas e precauções contínuas são necessárias para controlar pandemia, mas as desigualdades no desenvolvimento econômico, nos sistemas de saúde e no acesso às vacinas tornaram a última onda muito mais letal. ().
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo com agências internacionais.
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