Imprimir

Imprimir Notícia

05/07/2021 às 12:03

Justiça mantém prisão de membros do CV que comandavam crimes no Araguaia

Alline Marques

A Justiça manteve a prisão de oito acusados e 14 indiciados, membros da célula do Comando Vermelho, no Araguaia. São pessoas consideradas de alta periculosidade e com atuação dentro e fora dos presídios e ameaçando a vida de policiais. A decisão é de 14 de junho. 

Com sede em Água Boa, o grupo criminoso fez aumentar a criminalidade na região do Vale do Araguaia, sobretudo com a prática de crimes graves de roubo, tráfico de drogas, armas e homicídios, motivados especialmente por domínios territoriais das facções, além dos crimes consequentes de furto e pequeno tráfico para financiar e abastecer financeiramente a estrutura da organização.

A juíza Ana Cristina Silva Mendes, em substituição legal na Vara Especializada Contra o Crime Organizado, Crimes Contra a Ordem Tributária e Econômica e os Crimes Contra a Administração Pública, não deferiu a soltura dos presos. 

“Desse modo, consigno que no presente caso, não vejo nenhum fato novo que possa modificar a situação fática dos acusados, oque, aliado à gravidade concreta dos delitos perpetrados, em tese, pelos agentes reforça a imprescindibilidade da medida extrema da prisão preventiva. Assim sendo, temos que os fatos concretos demonstram a necessidade da prisão nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal. Observo, outrossim, que nenhuma medida cautelar será capaz de produzir os efeitos desejados e suficientes à garantia da ordem pública e garantia da aplicação da lei penal”, diz no despacho.  

Em dezembro de 2020, o Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) desencadeou operação com as Polícias Civil, Militar e Penal, visando combater a atuação da referida facção criminosa na Região do Araguaia. 

Conforme as investigações, Tamiris Heck e Acacio Costa Ribeiro são os principais líderes desta célula da organização criminosa, atuante na região do Vale do Araguaia, sendo eles articuladores do tráfico de drogas na região, de Barra do Garças a Vila Rica.

Também foi mantido o benefício a uma denunciada, integrantes da facção, que já havia sido concedido pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, a prisão domiciliar, pois tem um bebê de meses e outra criança com menos de 2 anos. Além disso, mesmo envolvida com o tráfico, ela tem emprego e moradia fixa.
 
 Imprimir