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07/07/2021 às 15:36 | Atualizada: 07/07/2021 às 15:40

Mendes deve ir à Justiça para garantir retorno das aulas presenciais

Kamila Arruda

Ao que parece, o governador Mauro Mendes (DEM) voltou atrás e está estudando a possibilidade de vir a judicalizar a derrubada do veto ao projeto de lei que determina que as aulas presenciais sejam retomadas na rede pública somente após a vacinação de todos os profissionais da educação.

“Eu havia dito que não iria recorrer dessa decisão, mas estamos estudando o caso pra ver o que pode ser efetivamente feito, porque eu não consigo ficar tomando decisão sem a mínima coerência. Eu acho que a Assembleia Legislativa faltou com o bom senso. Não sei qual a lógica que passa na cabeça deles [deputados] para tomar uma decisão tão sem fundamento e tão sem logica”, disparou o chefe do Executivo Estadual. 

Para o democrata, a aprovação desta norma não tem qualquer coerência, tendo em vista que há trabalhadores de outras áreas exercendo suas funções normalmente e, na maioria das vezes, sem ter sido contemplado com a vacina contra a covid-19.

“Qual a diferença de um professor da rede pública e da rede privada? A rede privada está em aula presencial. Os funcionários públicos que estão trabalhando na Sefaz, no Meio Ambiente, Infraestrutura, não foram vacinados e estão trabalhando. Qual a diferença do professor, que eu respeito muito, para o trabalhador do comércio, da indústria, aquele que trabalha no campo, no agronegócio, na agricultura familiar, daquele cidadão que não foi vacinado e está indo trabalhar normalmente? Os professores já foram vacinados, já foi colocado à disposição deles a primeira dose. Com a primeira dose você já adquire um bom nível de imunidade. A segunda dose vem pra reforçar”, aponta Mendes.

O governador explicou que já existe uma resolução do Conselho Nacional de Educação que determina a retoma das aulas presenciais em todo o país. Na semana passada, os deputados estaduais derrubaram o veto do governador ao 4º parágrafo da lei nº 11.367/2021, que visa garantir a imunização dos profissionais da educação antes de iniciar o período das aulas presenciais.

Mendes havia sancionado a lei que considera a educação como atividade essencial, porém vetou a necessidade de vacina para os educadores retornarem às suas atividades em sala de aula. Por maioria dos votos, contudo, os parlamentares derrubaram o veto.
 
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