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30/07/2021 às 11:49 | Atualizada: 30/07/2021 às 11:49

Esquema na Saúde de Cuiabá desviou mais de R$ 100 milhões em 3 anos

Kamila Arruda e Luzia Araújo

A organização criminosa desbaratada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (30), por meio da Operação Curare, movimentou mais de R$ 100 milhões entre os anos de 2019 e 2021. O esquema se concentrou, especialmente no gerenciamento de leitos de unidade de terapia intensiva exclusivos para o tratamento de pacientes acometidos pela covid-19 na Capital. 

Entre os alvos estão o secretário de Saúde, Célio Rodrigues, o secretário de Gestão, Alexandre Beloto, e ainda o ex-secretário de Saúde, Luis Antônio Possas de Carvalho.

Por outro lado, as contratações emergenciais e os pagamentos “indenizatórios” abarcam serviços variados como a realização de plantões médicos, disponibilização de profissionais de saúde, sobreaviso de especialidades médicas, comodato de equipamentos de diagnóstico por imagem, transporte de pacientes etc. 

As empresas investigadas fornecem orçamentos de suporte em simulacros de procedimentos de compra emergencial, como se fossem concorrentes. Contudo, a investigação demonstrou a existência de subcontratações entre as pessoas jurídicas, que, em alguns casos, não passam de sociedades empresariais de fachada. 

Os serviços contratados ainda compreendem a precarização das contratações públicas, em violação à obrigatoriedade do dever de licitar, com a utilização reiterada do expediente de contratações diretas emergenciais.  

A aposta na informalidade favoreceu a inovação de formas de pactuação atípicas, tal como os mencionados pagamentos “indenizatórios” e a manutenção de serviços por meses após a vigência dos contratos emergenciais. 
 
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