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02/08/2021 às 15:50 | Atualizada: 02/08/2021 às 15:52

"Pagamentos eram feitos antes da entrega de medicamentos", afirma relator

Alline Marques

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos já identificou um rombo de mais de R$ 30 milhões na aquisição de medicamentos na Capital. O desvio foi constatado por meio de cruzamento de dados realizado pelos membros da CPI com base nos documentos já colhidos pelo grupo.

De acordo com o relator do processo, vereador Marcus Brito Junior (PV), foram levados em consideração notas de empenho, nota de pagamentos, nota de liquidação e notas de saída.

“Parcialmente agora que a gente deu uma afinada nos trabalhos com a análise de todos os documentos colhidos, podemos dizer que o valor supera mais de R$ 30 milhões”, enfatizou.

O parlamentar afirma ainda que foram identificados diversos pagamentos realizados de forma antecipada, ou seja, antes mesmo da entrega dos medicamentos. Além disso, frisa que era feita a compra de remédios já prestes a vencer.

“A verdade é que às vezes compravam um remédio com vencimento a curto prazo, ele vencia rapidamente e eles faziam uma nova compra, sendo que com uma estratégia e logística bem feita, esses medicamentos deveriam vencer em, no mínimo, um ano. Então, eles contratavam e compravam remédios com curto prazo de vencimento só para ter aquela compra”, explicou. 

Diante disso, o relator admite que as empresas estavam sendo favorecidas pela administração municipal. “Eles compravam mensalmente, quinzenalmente, sem, acredito eu, um estudo prévio da necessidade daquilo e com curto prazo de vencimento. Na verdade, houve um mau gerenciamento disso”, completou Brito. 

O relator explica que o próximo passo da CPI é analisar de onde partiu a falha. “É o que a gente tá tentando levantar de fato, se foi um sistema, se foi um uma coordenação mal feita. Porque na Secretaria existem três sistemas que um não comunica com o outro, entra coordenador, sai coordenador (...)”, finalizou.
 
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