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12/08/2021 às 16:51 | Atualizada: 12/08/2021 às 16:51

Ex-integrante da Secretaria de Saúde afirma que não sabia do volume de medicamentos vencidos

Alline Marques

Em depoimento prestado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos, que tramita na Câmara de Cuiabá, o ex-vereador Oseas Machado admitiu que participou da organização do processo licitatório que culminou com a contratação da empresa Norge Pharma, mas negou que tenha ocorrido direcionamento no certame.

Ele tentou se isentar da responsabilidade afirmando que possuía uma equipe técnica para cuidar de detalhes burocráticos do processo. Na época da licitação, o ex-parlamentar respondia como diretor administrativo e financeiro da Secretaria de Saúde. 

Um dos pontos questionados pelos membros da CPI foi a alteração na modalidade da licitação, que no meio do processo passou de pregão eletrônico para pregão presencial. O vereador tenente coronel Paccola (Cidadania), questionou os motivos que levaram a essa troca, e Oseas não soube responder.

O fato, inclusive, fez com que o parlamentar o alertasse, uma vez que diversos documentos relacionados à licitação estavam assinados por ele. “O senhor fica numa situação complicada”, disse.

Oseas afirma que deixou o cargo na Secretaria de Saúde antes da efetivação do contrato com a Norge Pharma. Diante disso, ele alega que não tinha conhecimento do volume de medicamentos vencidos estocados no Centro de Distribuição.

“Fiquei sabendo desse volume pela mídia. Eu assisti a própria secretaria dizendo que tinha conhecimento. Eu não soube disso antes. Agora, eu sabia que alguns medicamento poderia vencer. Isso a gente sabe pela lógica. O que eu pedia era uma auditoria para saber o que ocorria de fato lá, mas não foi realizada”, disse.
 
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