O vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania) afirma que o requerimento para criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Cuiabá já possui sete assinaturas. O parlamentar, contudo, diz que não irá expor os nomes dos vereadores que assinaram o documento para evitar um boicote.
Conforme o Regimento Interno do Parlamento Municipal, para instaurar uma CPI são necessárias nove assinaturas. Paccola acredita que na próxima semana já terá angariado o apoio que precisa para abertura do processo investigatório.
“Eu acredito que até a semana que vem a gente já tenha as assinaturas. Vários vereadores já se colocaram à disposição. Os vereadores da oposição já se colocaram à disposição, mas eu não quero deixar nenhuma oportunidade para que vereadores mal-intencionados coloquem a faca no pescoço do prefeito”, disse.
Dos sete vereadores que já se disponibilizaram em assinar a CPI, dois são da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Por isso, ele afirma que não irá expor os nomes até garantir as nove assinaturas.
“Então, eu tenho os cinco da oposição e tenho outros que já garantiram que vão assinar. Só que eu não posso pegar as assinaturas agora, porque expõe eles que são vereadores da base, e isso vai fazer com que comece aquele jogo entre eles, e isso não é minha intenção. Eu não estou aqui para fazer esse tipo de politicagem. Eu quero que a base converse e que eles venham todos de uma vez”, completou.
A intenção de Paccola é garantir a abertura de uma CPI para investigar os serviços terceirizados nas unidades de saúde da administração direta e indireta da capital. A medida é fruto da Operação Curare deflagrada pela Polícia Federal no início do mês.
“Então, não pode Câmara Municipal ficar inerte, no sentido de apurar para saber se existe mesmo, e se essa organização é real e até onde vão os tentáculos dessa organização criminosa. É difícil acreditar que não esteja rodeado, uma vez que a gente teve trocas de secretários, escândalos atras de escândalos, e você vê saindo o Celio, que era diretor da Empresa Cuiabana, onde talvez seja o maior antro de corrupção do município, aí ele assume a secretaria, e é afastado”, finalizou.
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