Imprimir

Imprimir Notícia

15/10/2021 às 17:29

STJ nega recurso de Maluf e mantém ação na 7ª Vara Criminal

Eduarda Fernandes

Em decisão unânime, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou provimento a um agravo regimental protocolado pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), Guilherme Maluf. No recurso, Maluf pedia, na prática, que o STJ é que julgasse uma ação, derivada da Operação Rêmora, na qual ele é réu desde 2019, e que tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. A decisão foi proferida nessa quinta-feira (14).

Guilherme Maluf pleiteia o foro privilegiado por prerrogativa de função em razão de ser conselheiro do TCE. Ocorre que, conforme decisão do então ministro relator, Nefi Cordeiro, proferida em 12 de fevereiro deste ano, os fatos delitivos em apuração não possuem relação com o atual cargo.

Teriam sido cometidos entre 2015 e 2016, no exercício do mandato de deputado estadual. Maluf ingressou nos quadros do TCE como conselheiro em 1 de março de 2019.

“Assim, o Tribunal local, seguindo a interpretação restritiva ao foro por prerrogativa de função adotada pelas instâncias superiores, entendeu que não compete ao STJ julgar o recorrente em razão dos delitivos terem sido realizados antes da investidura do cargo atual e por não lhe guardar relação, razão pela qual deveria haver o declínio da competência e envio dos autos ao juízo de primeiro grau”, disse o ministro na ocasião.

Gui­lherme Maluf foi acu­sado de in­te­grar o nú­cleo de li­de­rava a or­ga­ni­zação que es­tava dentro da Seduc e ainda, sendo be­ne­fi­ciário di­reto de par­cela da pro­pina ar­re­ca­dada. O Ministério Público o acusou ainda, de usar as in­fluên­cias po­lí­ticas pro­por­ci­o­nadas pelo cargo de deputado para pro­mover as ar­ti­cu­la­ções ne­ces­sá­rias para am­pliar os es­quemas vol­tados para so­li­ci­tação e re­ce­bi­mento de pro­pinas. Con­forme a denúncia, no nú­cleo de li­de­rança da or­ga­ni­zação tinha ainda a par­ti­ci­pação do ex-se­cre­tário de Es­tado de Edu­cação, Per­mínio Pinto Filho.

Na ocasião do recebimento da denúncia, Maluf garantiu que iria provar sua inocência durante o andamento da ação.
 
 Imprimir