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19/10/2021 às 09:54 | Atualizada: 19/10/2021 às 12:52

Prefeito e mais quatro têm R$ 16 milhões bloqueados pela Justiça

Alline Marques e Paulo Henrique Fanaia

O desembargador Luiz Ferreira da Silva determinou o sequestro de R$ 16 milhões das contas do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, primeira-dama Márcia Pinheiro, chefe de gabinete Antonio Monreal Neto, da secretária adjunta de Governo, Ivone de Souza, e do ex-coordenador de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal de Saúde, Ricardo Aparecido Ribeiro.

O valor busca ressarcir os prejuízos que teriam sido causados pelo esquema na Saúde de contratação irregular de pessoas com a finalidade de atender ações políticas. A ação é baseada na delação do ex-secretário de Saúde, Huark Douglas Correia, que confirmou ter contratado 250 servidores temporária, cuja contratação, em sua maioria, teria sido realizada para atender interesses políticos do prefeito. 

Emanuel teria dito ao secretário que as contratações seriam “canhão político”, por se tratar de cabos eleitorais, nomeados por indicação política, principalmente de vereadores, e visavam retribuir ou comprar apoio político. Ainda de acordo com o ex-gestor, muitas contratações eram realizadas sem necessidade e envolviam pessoas que não tinham formação profissional para o cargo que desempenhavam, causando prejuízo ao erário.

Huark teria inclusive se recusado a assinar as contratações “em virtude de vislumbrar interesses escusos do Prefeito Municipal e, também, porque o volume de contratação seria incompatível com a efetiva necessidade da Secretaria de Saúde de Cuiabá”. Outro ponto apontado pelo ex-secretário é da irregularidade referente ao pagamento de uma verba chamada “Prêmio Saúde”, que era efetuado sem parametrização alguma quanto ao valor e aos cargos que deveriam fazer jus ao referido benefício.
 
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