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22/10/2021 às 07:31

Edna diz que impeachment contra Emanuel é golpe e critica 'espetacularização da corrupção'

Alline Marques

A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), se posicionou sobre o pedido de impeachment contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e aproveitou para se defender do fato de não ter assinado qualquer requerimento para abertura da comissão processante. A petista criticou a atuação da oposição, alegando se tratar de golpe o impechment contra o emedebista, e ainda nomeou de ‘espetacularização da corrupção’ a ação dos parlamentares. 

“Se tem uma coisa que me deixa indignada é a hipocrisia. É não fazer relação entre a fome, uma tragédia evitável, que vivemos hoje, e os golpes sofridos pela democracia nos últimos anos até a chegada dessa extrema-direita ao poder. Me indigna a espetacularização da corrupção, o debate raso e oportunista para jogar com a platéia, para confundir as pessoas”, declarou em publicação na rede social nesta quinta-feira (21). 

A vereadora ainda relembrou a escolha feita durante a eleição de 2020, alegando que a população teve que optar entre “um político tradicional, acusado de corrupção ou um candidato de extrema-direita cujas práticas de desrespeito às instituições democráticas, o desprezo à vida e os direitos dos trabalhadores são conhecidos no âmbito federal, na política instituída por Jair Bolsonaro”.

Edna aponta ainda que o afastamento do prefeito se deve a práticas que foram iniciadas em gestões anteriores, que são as indicações políticas, e contratações sem concurso público. Ela diz que vai tomar medida contra a omissão da prefeitura na realização de concurso público no SUS, mas não fará disso um terceiro turno das eleições municipais. 

“A Soberania do povo nas urnas não pode ser golpeada sob falsos argumentos morais. Ou se defende a transparência, a justiça e a democracia em todos os níveis ou não se pode falar em moral, em ética e justiça”. 

A parlamentar ainda compara a ação da oposição a uma tentativa de golpe, relembrando o processo de impeachment da presidente Dilma Roussef (PT). No discurso na Câmara, durante sessão desta quinta-feira (21), a petista aproveitou para falar também dos processos contra o ex-presidente Lula, em que acabaram sendo anulados e ele inocentado, mas ainda assim, o acusam de corrupção. 

Edna pontua que o afastamento de Emanuel não se deu por ato de corrupção, nem por falta de remédios, ou por prejuízo que empresas tenham causado ao erário, muito menos, pela privatização do Sistema Único de Saúde, que ocorre tanto no estado, quanto no município, há anos. 

“O afastamento do Prefeito se dá por práticas de contratação de pessoas na saúde, sem concurso público e por indicação política. Uma ação que teve início no Governo do então prefeito Wilson Santos e passou por toda a gestão de Mauro Mendes. O Governo do Estado não faz concurso há cerca de 20 anos e também comete os mesmos crimes”, alegou.

Porém, vale destacar que a operação não se trata apenas de contratação por indicação política, mas sim do inchaço da máquina, causando prejuízo, além de nomeação sem critérios técnicos, e ainda o pagamento ilegal e sem critério do prêmio saúde. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 16 milhões dos alvos da Operação Capistrum, valor que seria o total do prejuízo causado à saúde pública de Cuiabá. 

Por fim, a vereadora diz que apoiará toda ação que vise transparência, probidade e zelo com o bem público, “mas não vamos nos alinhar com o golpismo que tomou conta do Brasil. Com o moralismo seletivo. (...) Daqui, combatemos a corrupção e defendemos a Democracia de forma responsável e coerente com nossa história de luta. Esse é nosso compromisso! Nosso mandato tomará as providências cabíveis”, finalizou.


 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Edna Sampaio (@ednasampaiooficial)

 
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