Narcotráfico e setores políticos utilizam mineração para lavagem de dinheiro
Da Redação - Débora Siqueira / Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia
Presidente da CPI da Renúncia e da Sonegação Fiscal, deputado estadual Wilson Santos (PSDB) disse que a atividade de mineração em Mato Grosso é utilizada para lavagem de dinheiro por setores políticos ou pelo narcotráfico.
“Há uma contradição. Como o setor, a atividade econômica que menos paga impostos no país que é a atividade mineral, só paga 1% de IOF, 1,5% Cefem [Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais] e como ainda há sonegação fiscal nessa área? Aí tem vários indicadores ou é para lavar dinheiro de setor político ou narcotráfico”.
Conforme Wilson Santos, um dos indícios de fraudes no setor foi o depoimento do minerador Filadelfo Dias de que somente na Serra do Caldeirão, em Pontes e Lacerda, saíram 45 toneladas de ouro sem pagar impostos ao Brasil.
“É um setor que corre solto. A produção é autodeclarada, é o minerador que declara o quanto produziu. Nem a Sema ou a União conseguem fiscalizar os garimpos legais, imagina os centenas de garimpos ilegais. Essa atividade tem sido, sim, e vai para o nosso relatório, utilizada para lavagem de recursos do narcotráficos e para alguns setores sujos da política”.
Ele disse que o relatório já esta sendo construído pelo relator, deputado estadual Nininho (PSD), e deve avançar sobre frogoríficos e agronegócio.
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