Imprimir

Imprimir Notícia

11/11/2021 às 07:06

Judoca cuiabano David Moura anuncia aposentadoria dos tatames

Débora Siqueira

O judoca cuiabano David Moura, 34 anos, anunciou na terça-feira (09) o fim da carreira como atleta profissional no judô. A partir de agora, ele pretende dedicar mais tempo à família e ao Instituto Reação, projeto social idealizado pelo também ex-judoca Flávio Canto, que visa o desenvolvimento de crianças e adolescentes por meio da iniciação esportiva nos tatames.
 
Por influência do pai, Fenelon Muller, que fez parte da seleção brasileira de judô, David começou seus primeiros passos no tatame aos 6 anos. A partir daí começou a trilha do atleta que se profissionalizou na modalidade até chegar ao ouro dos Jogos Pan-Americanos em 2015 e a medalha de prata no Mundial de Budapesta em 2017, mas não foram essas medalhas que ele considera o grande momento da carreira, mas sim, ter chegado ao topo do ranking mundial de judô.
 
“Ser o líder do ranking demonstra uma certa constância de medalhas e ter sido considerado o número 1 do mundo foi muito significativo. É como nos outros esportes como o surf, a Fórmula-1. Eu não esperava e significou muito para a minha trajetória”, contou.
 
Um conjunto de fatores pesou na decisão pela aposentadoria. Mesmo estando bem fisicamente, o aumento o ciclo olímpico em mais um ano, com a pandemia adiando os jogos, as viagens durante a pandemia, a saudade do filho e a consciência de que já estaria com 37 anos nas Olimpíadas de Paris, fora a recuperação muscular não ser mais no mesmo ritmo que antes, tudo pesou na decisão.  
 
O cuiabano se despediu em grande estilo dos tatames trazendo para o Brasil a medalha de prata que conquistou no Campeonato Mundial Militar de Judô, realizado em Paris, na França, de 30 de outubro a 2 de novembro.


 
Ele foi um dos 16 judocas convocados pelas Forças Armadas para representar o Brasil no torneio. Os atletas integram o Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento às Forças Armadas Brasileiras. Embora tenha anunciado a aposentadoria agora, ele deve se desligar do programa em maio de 2022, abrindo vaga para mais um judoca.
 
David passará a atuar na diretoria do Instituto Reação, com 10 unidades no Rio de Janeiro, 2 em Cuiabá, em Natal e agora deve expandir para Minas Gerais e São Paulo. O Instituto Reação revelou talentos como Rafaela Silva e Gabriel Falcão.
 
“Temos muitos atletas que já estamos pensando em 2024 e 2028. Aqui em Cuiabá temos João Cesarino e Gustavo Assis, que são duas feras e esperamos formar outros atletas olímpicos. Dos 16 atletas do Programa das Forças Armadas, 3 são do Instituto Reação”.
 
 
 Imprimir