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07/12/2021 às 07:07

Justiça mantém prisão de homem que matou técnica de enfermagem

Débora Siqueira

O juiz em substituição na Vara de Violência Doméstica em Várzea Grande, Luis Augusto Veras Gadelha, converteu a prisão em flagrante de Júnior dos Santos Igesca, 36 anos, em prisão preventiva. Ele é acusado de matar a ex-esposa, a técnica de enfermagem Franciele Robert da Silva, de 33 anos, por ela não aceitar reatar o relacionamento com ele. Ele também foi responsável pela morte do ex-sogro, Aparecido José da Silva, 67 anos.
 
A audiência de custódia ocorreu às 16 horas dessa segunda-feira (6) e durou 15 minutos. Conforme o magistrado, há prova da materialidade e indícios suficientes da autoria do crime, já que o indiciado, sem adentrar ao mérito, confirmou em audiência que tentou matou o sogro e tirou a vida da sua ex-companheira.
 
“Observo que a forma como foram praticados os crimes revelam a extrema periculosidade e frieza do indiciado, que, certamente por não aceitar a separação, ceifou a vida da ex-companheira a facadas na frente da sua filha, de apenas 12 anos de idade, e ainda tentou a matar o sogro, que tentou impedir o feminicídio. Deve o indiciado, portanto, permanecer preso durante a conclusão do inquérito policial e eventual instrução criminal para garantia da ordem pública em razão da gravidade em concreto da sua conduta”, disse o juiz no termo de custódia.
 
Na noite de domingo (5), Junior chegou à residência do pai da vítima, no bairro Jardim Glória 1, pelos fundos e forçou a entrada na casa. Ele atacou o idoso e o deixou gravemente ferido. Aparecido não resistiu às perfurações de faca e morreu na manhã de ontem no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande.
 
Depois, ele foi até o quarto onde a vítima tentava se esconder junto com a filha. O ex-marido arrombou a porta e esfaqueou a mulher.

Franciele estava separada do suspeito e tinha uma medida protetiva em virtude das ameaças que ele já havia feito contra ela e os filhos.

Após cometer os crimes, Junior tentou se matar. Ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e, depois de atendido no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG), foi encaminhado pela Polícia Militar até a DHPP.
 
A Prefeitura de Cuiabá lamentou a morte da profissional. Francieli trabalhava no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) desde a sua inauguração, em 2019.
 
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