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10/12/2021 às 07:00 | Atualizada: 10/12/2021 às 07:31

Pai diz que se comunicava com mulher por carta antes do laudo do IML

Débora Siqueira

O pai da menina Mirella Poliana Chuê de Oliveira, de 11 anos, José Mario, iniciou o depoimento no julgamento da ex-mulher Jaíra Gonçalves de Arruda, 43, chorando ao falar sobre a filha que morreu envenenada pela madrasta. Ele foi ouvido na tarde dessa quinta-feira (9).

Mirella morreu em 13 de julho de 2019. As investigações da polícia apontaram que Jaira cometeu o crime para conseguir a herança da vítima, de R$ 800 mil. O dinheiro é fruto da indenização, pois a menina perdeu a mãe durante o parto por erro médico.
 
Ele contou que depois da morte da filha, quis se separar de Jaira e pensou em suicídio, mas ao falar com ela, manteve o relacionamento e chegou a enviar uma carta à então companheira depois de presa. Isso, antes de ser divulgado o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontando que a causa da morte da criança foi por envenenamento.
 
José Mario disse que nunca pagou os advogados de defesa. No dia da morte de Mirella, ele disse que deram o remédio para a criança, mas não lembra o nome.
 
Emocionado, ele foi às lágrimas contando que a criança tinha uma vida normal ao lado dos avós e que no fim, todos colaboravam para a criação da filha. Relembrou das características da filha como uma criança era espontânea, inteligente e sempre alegre.
 
“Fiz de tudo para cuidar da menina, ia para o hospital. No início, era apresentou só paralisia e febre. Depois começou a ter vômito e diarreia. Mesma comida para todos”. 
 
Sem pai e mãe vivos, perdeu a esposa no parto e a filha assassinada, ele disse que deseja que a Justiça seja feita, pois já perdeu todos a quem amava e que precisa viver o luto das pessoas que ama.
 
Ele reconheceu que não foi forte suficiente em tratar dos procedimentos da morte da filha e deixou tudo sob os cuidados de Jaira, que segundo ele, é uma mulher de gênio forte e dominadora.
 
Também afirmou que não tomava conhecimento de tudo o que ocorria na casa e até as finanças eram administrada por ela. Jaira, inclusive, estava montando um salão de beleza e ele não se metia no negócio da mulher.
 
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