Imprimir

Imprimir Notícia

14/12/2021 às 13:52 | Atualizada: 14/12/2021 às 14:03

Contadores ligados a empresas do agro são alvos de operação do Gaeco

Kamila Arruda

Um grupo de contadores ligados a empresas do agronegócio foram alvos da Operação Ghost, deflagrada nesta terça-feira (14) pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). As investigações apontaram que os contabilistas eram responsáveis por empresas fantasmas. Ao todo, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão.

A ação trata-se de um desdobramento da operação “Camuflagem II”, que desarticulou uma organização criminosa que praticava, entre outros crimes, o roubo de defensivos agrícolas. Por meio de quebra de sigilo bancário e fiscal de alvos da operação, deflagrada em outubro do ano passado, deu-se início às  investigações que culminaram na operação “Ghost”.

Na ocasião, o Gaeco constatou que diversas empresas emissoras de notas fiscais, do ramo agrícola e de transportes, não existiam de fato. Além disso, identificou-se que muitos dos “proprietários” dessas empresas não possuíam perfis financeiros condizentes com o capital social da pessoa jurídica, eram falecidos e/ou possuíam longo histórico criminal.

Após confrontações dos dados e documentos levantados, as investigações indicaram contabilistas específicos que responsáveis pela maior parte das empresas fantasmas.


A operação é realizada com apoio do Gaeco de São Miguel do Oeste (SC) e de Goiânia (GO). Ao todo, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão. Ela foi intitulada de Ghost pelo motivo de o objeto apurado ser a criação e movimentação de empresas “fantasmas”, criadas para operar atividades ilícitas.

CAMUFLAGEM II


 
Os nove réus denunciados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso em razão da Operação Camuflagem II, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Sorriso (395 km de Cuiabá), foram condenados pela Justiça. As penas aplicadas somam mais de 250 anos de prisão.
 
 Imprimir