Imprimir

Imprimir Notícia

15/12/2021 às 09:10 | Atualizada: 15/12/2021 às 09:57

Ciro Gomes é alvo de busca em operação da PF sobre suspeita de desvios na Arena Castelão

Do G1

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (15) contra Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e pré-candidato à Presidência em uma investigação sobre supostas irregularidades na construção da Arena Castelão, em Fortaleza.

Por uma rede social, Ciro classificou a ordem como "abusiva" e disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade."

Segundo a PF, as fraudes ocorreram entre 2010 e 2013, anos em que o Ceará era governado por Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro e hoje senador. O g1 procurou Cid Gomes por meio da assessoria, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Segundo a PF, há indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas diretamente em dinheiro ou "disfarçadas de doações eleitorais," com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.

A operação foi batizada de "Colosseum" e teve mandados expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal no Ceará como São Paulo, Belo Horizonte e São Luís. No Ceará, os mandados são cumpridos nas cidades de Fortaleza, Meruoca e Juazeiro do Norte.

As buscas têm como objetivo apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos.
Crime nas licitações

De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em 2017, quando foram identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propinas para que uma empresa vencesse a licitação das obras Arena Castelão para a Copa do Mundo 2014.

Ainda conforme a PF, na fase de execução do contrato, a empresa receberia valores devidos pelo Governo do Estado do Ceará.

"As investigações continuam com análise do material apreendido na operação policial e do fluxo financeiro dos suspeitos", informa a corporação, em nota. "Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva", diz a PF.

O nome da operação remete em italiano ao estádio Coliseu, em Roma, na Itália.
 
 Imprimir