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07/01/2022 às 12:10

Após festas de final de ano, Chapada tem 40% de aumento de casos de síndrome gripal

Paulo Henrique Fanaia

A cidade de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá) começa a sentir os reflexos das festas de réveillon. Uma semana após os festejos, o município registra aumento significativo nos casos confirmados de covid-19 e de síndrome gripal.
 
De acordo com a Secretaria de Saúde do município, somente nos casos de síndrome gripal, o crescimento foi em torno de 40%. Quanto aos casos de covid-19, apenas no último dia 5, foram 22 pessoas diagnosticadas com a doença pandêmica.
 
A pasta afirma que os casos deram um salto de quarta (5) até esta sexta (7), passando de 22  para aproximadamente 40 pessoas com a covid-19.
 
Mesmo com todas as orientações da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e até mesmo do secretário Gilberto Figueiredo pedindo aos prefeitos para não realizarem as festividades de ano novo, o prefeito Osmar Froner (MDB) autorizou a realização de um show nacional, que reuniu cerca de 30 mil pessoas na virada do ano.
 
Em entrevista concedida à rádio Vila Real na manhã de hoje, o prefeito alegou não ter recebido nenhuma orientação formal do governo para que não fossem realizadas as festividades, apenas recomendações informais. “Não houve nenhuma manifestação da secretara estadual de saúde dizendo que não devia ter as festas de ano novo. Não recebemos nenhuma informação oficial, nem através de decreto estadual”, disse o prefeito.

Neste contexto, vale ressaltar que o Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou entendimento, no início da pandemia, que cabe aos gestores municipais decidir sobre quais medidas de enfrentamento serão adotadas nas respectivas cidades. 
 
Froner justificou que, quando a decisão de realizar o réveillon foi tomada, os indicadores estaduais e municipais eram positivos e apontavam apenas um pequeno número de casos, tanto de covid-19 quanto de síndrome gripal.
  
Apesar dos inúmeros alertas de que as festas provocariam elevação dos casos, o prefeito fala em "tentar entender o que provocou os crescimentos dos casos".
 
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