Bolsonaro diz que vai mostrar em live relatórios pedidos ao BNDES
Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (27/1) que vai apresentar na live de hoje relatórios pedidos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para mostrar irregularidades em bancos oficiais, estatais e ministérios ao longo dos últimos 20 anos.
“Hoje vou falar um pouquinho do BNDES. Eu pedi o relatório de todos os bancos oficiais, estatais, ministérios… O que que foi o Brasil de 2000 para cá. São números… Você cai pra trás. O que fizeram com a Petrobras…”, disse ele a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
O mandatário ainda responsabilizou o aumento nos preços dos combustíveis à “roubalheira” na Petrobras. “E daí, como consequência — é uma crise mundial o combustível —, mas em parte da roubalheira. O ano passado pagamos R$ 100 bilhões de dívida da Petrobras. Tudo roubalheira. (…) E não é só a Petrobras não, é Caixa Econômica, Banco do Brasil, BNDES”, prosseguiu.
A conversa foi registrada por um canal no YouTube simpático ao presidente.
Bolsonaro vem falando desde a campanha à Presidência da República sobre abrir o que seria uma “caixa-preta” no BNDES, a fim de revelar supostos esquemas dos governos petistas para escoar dinheiro público para países e organizações ligadas ao “Foro de São Paulo“.
Em 2019, o banco estatal chegou a gastar R$ 48 milhões na auditoria dos contratos de empréstimos a empresas e governos estrangeiros, mas não encontrou indícios de irregularidades. Após um ano e 10 meses de investigação, o banco divulgou um relatório de oito páginas que não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018.
Já em junho de 2021, Bolsonaro admitiu estar convencido de que não existe nenhuma caixa-preta na estatal.
“Não foi caixa-preta, na verdade. Está aberto. Eu também pensava que era caixa-preta, mas está disponível, no site do BNDES, todos os empréstimos feitos para outros países”, disse ele, sem deixar, porém, de criticar os adversários petistas.
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