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09/02/2022 às 12:35

Estimulado pela China, MT reduz em 10,4% a emissão de gás por bovinos abatidos

Denise Soares

Mato Grosso reduziu em 10,4% a emissão de gás metano (CH4) por bovino abatido. Segundo o Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), em 2021, o volume de gás metano emitido foi de 121 kg por animal abatido. Em 2011, esse número era de 135 kg. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9), em coletiva de imprensa.

De acordo com o presidente do Imac, Caio Penido, a redução foi estimulada por critérios de exportação da China. Ao impor uma condição de compra, a China estimulou indústrias e produtores a diminuírem o tempo de produção para atender a demanda. Com a redução do tempo de produção, o volume de gás metano por unidade de animal abatido também diminui.

“Essa exigência da China nos estimula a produzir um boi mais jovem. O mercado chinês busca um boi com até 24 meses de vida. É uma pressão comercial e climática que os produtores da vanguarda e frigoríficos já estão atendendo”, declarou o presidente ao Leiagora.

O cálculo de emissão de gás metano considerou apenas os animais abatidos nos dois anos, 2011 e 2021, e a emissão por animal/mês de 4,16 kg de CH4, conforme o estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) mostram que 37% do total de animais abatidos no estado em 2021 tinha até 24 meses. Em 2020, o número era 24%, seguido de 19% e 17% em 2019 e 2018, respectivamente.

Bruno Andrade, diretor de operações do Imac, explica que cada animal tem uma produção média de 50 kg de metano por ano. “Se comparamos com os anos de 2011 a 2021, isso nos mostra o potencial que a pecuária tem em Mato Grosso. Quando reduzimos a idade dos abates, intensificamos a produção e estimulamos a tecnologia e sistema mais adequado”, pontuou.
 
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