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22/02/2022 às 12:01

Preço do suíno vivo evolui em 6,18%, mas atividade ainda atua em déficit

Débora Siqueira

Em Mato Grosso, o mercado de suínos apresentou alta nas cotações do campo após seguidas quedas. Conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea), a média do suíno vivo foi de R$ 4,37/kg na última semana, evolução de 6,18% em relação ao preço observado na semana anterior. Segundo informantes, o acréscimo nos preços foi pautado na redução da oferta de animais terminados no estado.
 
No início de fevereiro, o custo de produção no Estado estava, em média, R$ 6,25 por/quilo, enquanto o preço pago ao suinocultor está em torno de R$ 4,15/kg. Com um prejuízo de aproximadamente R$ 2,40 por quilo, na venda de um animal de 130 kg o saldo fica negativo em até R$ 270, por animal. Apesar do preço ter reação, o cenário ainda é de prejuízo ao suinocultor.

O Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo) e a Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) buscam junto ao Governo do Estado alternativas para socorrer a atividade.
 
Uma delas é a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos frigoríficos de suínos, de 2% para 1,02% para operação interna, e de 1,20% para 0,60% em operações interestaduais no prazo de seis meses.
 
Somente o segmento de carne suína em Mato Grosso é responsável por 6,5 mil empregos diretos e 19,5 mil indiretos, e cerca de R$ 46 milhões arrecadados em ICMS somente em 2021.

A indústria conta com 28 plantas frigoríficas, sendo cinco com Inspeção Federal (SIF), seis com Inspeção Estadual (SISE), e outras 17 com Inspeção Municipal (SIM).

Já a Acrismat pede a inclusão de novas finalidades da atividade no Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder).
 
Por ora, ainda não há respostas para as demandas. Contudo, a Acrismat busca uma nova reunião com o líder do governo, deputado Dilmar Dal Bosco (UB), para articular uma nova negociação com o Governo Estadual.
 
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