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22/02/2022 às 18:50 | Atualizada: 22/02/2022 às 19:20

Assassino de Toni Flor chorava e não dormia após ter cometido o crime

Angélica Callejas

O segundo dia de audiência do caso Toni Flor teve oitivas com a mãe e a namorada de Igor Espinosa, autor dos disparos que mataram o empresário. Nos depoimentos, ambas relataram que o “matador de aluguel” ficou perturbado após cometer o crime, e por diversas vezes foi encontrado chorando sozinho.

A informação também foi reforçada pelo delegado responsável pela investigação Marcel Oliveira. Durante interrogatório, n
a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Igor disse que precisava confessar o crime porque não conseguia dormir, pois isso "martelava" na cabeça dele. Segundo a autoridade policial, o acusado comentou com a mãe e a namorada que teria matado um homem, para explicar porquê ficava choroso pela casa.

Arrolada pela acusação como informante do caso, a genitora do réu, 
Evanir Espinosa, contou que um dia, de madrugada, Igor chegou em casa e foi para seu quarto, onde ficou chorando. Questionado pela mãe, o acusado teria dito que não era o filho que ela merecia e confessou que tinha matado um homem. Além disso, em outro momento, Evanir teria ouvido Igor dizer, durante uma ligação telefônica com um terceiro que “se eu cair, vai cair todo mundo”.

“Ele falou “eu não posso falar mais nada pra senhora, pelo bem da senhora”. Depois ele ficou no quarto chorando e eu fui pro serviço, no outro dia. Depois ele não comentou mais nada comigo. Toda vez que eu tentava falar com ele, ele desviava de conversa e não me contava nada. Daí eu fiquei sabendo no dia que prenderam ele”, relatou dona Evanir ao promotor de Justiça, Samuel Frungilo.

A namorada, Priscila de Paula Pereira Serra, corroborou com as informações fornecidas pela mãe e relatou que, na época, o acusado confirmou ter recebido parte do valor do pagamento pelo crime, que utilizou para viajar ao Rio de Janeiro, mas que não queria o restante. Diante disso, Priscila teria aproveitado para pedir que ele se entregasse e confessasse o homicídio, porém o rapaz externava muito medo, disse a testemunha.

Tanto Evanir quanto Priscila confirmaram que Igor fazia uso de entorpecentes, como maconha e cocaína, assim como de bebidas alcoólicas.

Além das citadas, na sessão desta terça-feira (22), foram ouvidas quatro testemunhas da acusação, sendo elas o delegado Marcel Oliveira, o 3º sargento da Gefron, Glauber Peres Farias, Leonice da Silva Flor e Viviane Aparecida Silva Flor.
 
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