Imprimir

Imprimir Notícia

24/02/2022 às 08:52 | Atualizada: 24/02/2022 às 10:11

Empresário é inocentado pela 2ª vez por mandar matar juiz no Paraguai

Denise Soares

O empresário Josino Pereira Guimarães foi inocentado, pela segunda vez, pelo assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, em 1999, em Concepción, no Paraguai.
 
O Tribunal do Júri começou na segunda-feira (21), na Justiça Federal de Mato Grosso, na sede de Cuiabá, e inocentou Josino nessa quarta-feira (23).

No júri, o empresário negou a autoria do crime. A defesa dele também alegou que não havia provas.
 
Josino já tinha ido a julgamento em novembro de 2011 e também foi absolvido. Leopoldino foi encontrado morto no Paraguai, em setembro de 1999.
 
Josino havia sido julgado pelo crime pelo Tribunal do Júri entre 29 de novembro e 1º de dezembro de 2011, contudo, o julgamento foi anulado pela 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
 
Um novo julgamento foi marcado para 03 de fevereiro de 2016, mas a defesa do empresário impetrou habeas corpus, dirigido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), tendo sido concedida medida liminar para suspender a realização de novo julgamento.
 
Contudo, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, pelo não conhecimento do habeas corpus.
 
Assassinato do juiz
 
Após denunciar esquema de venda de sentenças no Poder Judiciário de Mato Grosso, o corpo do juiz Leopoldino Marques do Amaral foi encontrado em Concepción, no Paraguai, com marcas de tiros e parcialmente carbonizado.
 
Na época, o magistrado denunciou que o empresário Josino Guimarães agia como corretor de sentenças junto a desembargadores do Tribunal de Justiça.
 
Além da venda de sentenças, entre as denúncias de Leopoldino feitas aos senadores estavam as práticas de contratação de funcionárias mediante favores sexuais, nepotismo, tráfico de influência, e aposentadoria irregular de parentes dos desembargadores do TJMT. 
 
 Imprimir