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17/03/2022 às 12:23 | Atualizada: 17/03/2022 às 12:25

Medeiros dá como certa chapa Mauro-Fagundes e cita 'fraca' lealdade com Neri

Jardel P. Arruda

O deputado federal José Medeiros (PL) afirma que governador Mauro Mendes (União) já tem um acordo com senador e pré-candidato à reeleição Wellington Fagundes (PL) para compor chapa na disputa majoritária em Mato Grosso nas eleições, mas o antecipa ao deputado federal Neri Geller (PP), o qual será afetado diretamente por essa decisão.

“Lealdade não é o forte do governador Mauro Mendes com seus colegas, o deputado Neri Geller o defendo igual pitbull, ele não tem a imbricardes de antecipar o que já decidiu (irá compor com senador Wellington) para que o deputado possa definir seu projeto eleitoral”, disse Medeiros, em mensagem publicada no Twitter nessa quarta-feira (16). 


 
Wellington e Neri constroem candidaturas ao Senado e disputam espaço no palanque de Mauro Mendes. O progressista é aliado de Mauro desde o início da gestão estadual e faz parte de um grupo político que apoia o governador há “longa data”, formado por Blairo Maggi (PP), senador Carlos Fávaro (PSD) e Eraí Maggi. 

Por outro lado, Wellington tem como trunfo ser o presidente regional do partido do presidente Jair Bolsonaro, cuja popularidade em Mato Grosso é alta. Além disso, o senador nunca foi oposição à gestão de Mauro Mendes e sempre teve discurso conciliador, apesar de ter sido adversário do chefe do Executivo em 2018 na disputa ao governo.

Caso Welligton seja o escolhido em detrimento de Neri, o deputado federal vai precisar encontrar outro palanque para manter a candidatura ao Senado, a qual ele considera irreversível, independente do apoio do governador.

Por enquanto, Mauro Mendes tem adotado uma estratégia de silêncio sobre as articulações eleitorais. Ele não admite se será ou não candidato à reeleição e com isso se isenta de escolher, publicamente, quem vai apoiar ao senado. 

Com isso, ele mantém os grupos mobilizados em torno de Wellington Fagundes, Neri Geller e Otaviano Pivetta - PL, PP, PSD, MDB e Republicanos -,  em órbita do Palácio Paiaguás. E dessa forma trava a construção de outro nome na disputa ao governo do Estado.
 
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