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23/03/2022 às 11:30

Grupo da esquerda vê afastamento de Mauro e impõe condição a Neri Geller

Jardel P. Arruda

As cartas estão na mesa: se o deputado federal Neri Geller (PP), como pré-candidato ao Senado, quiser o apoio da federação PT, PC do B e PV, vai ter que abraçar a candidatura a presidente de Luiz Inácio Lula da Silva. Essa condição foi imposta na reunião que aconteceu na tarde dessa terça-feira (22), no escritório do parlamentar, segundo informou o presidente regional do Partido dos Trabalhadores, deputado estadual Valdir Barranco. 

O grupo da esquerda vislumbra uma aliança com Neri devido à aproximação do governador Mauro Mendes (União) com o pré-candidato à reeleição senador Wellington Fagundes (PL), que culminaria com o deputado do partido progressista sendo obrigado a buscar outro palanque para ser candidato ao Senado.

“Se ele for candidato do Mauro, ele não precisa de nós. Mas, se ele for rechaçado lá, e ele vai precisar de nós, ele vai ter que se definir porque o Wellington é bolsonarista”, afirmou Valdir Barranco, na manhã desta quarta-feira (23), na Assembleia Legislativa. “Ele procura ser o candidato do Mauro, mas isso não tem se concretizado. O Mauro tem se aproximado cada vez mais do Wellington”, completou o deputado petista.

De acordo com Barranco, pesquisas internas apontam que Lula já empatou em popularidade com Bolsonaro em Cuiabá e assumiu a liderança da disputa em Várzea Grande. Dessa forma, um candidato ao Senado que abraçar o ex-presidente petista alcançará um bolsão de votos atualmente órfão de liderança em Mato Grosso. O próprio Valdir Barranco, na eleição suplementar ao Senado de 2020, obteve 117 mil votos. 

Grupo Pró-Lula

O deputado Barranco, o vice-presidente do PV, Aluízio Leite, e o secretário de mobilização do PC do B, Miranda Muniz, formam a comissão do grupo pró-Lula para construção do palanque majoritário das eleições em Mato Grosso. O objetivo principal deles é formar um palanque ampliado para além da federação de esquerda para o ex-presidente Lula no estado. 

Contudo, se não conseguirem ampliar o leque para além de PT, PC do B e PV, alguns nomes já foram colocados para a disputa. Entre elas, o da ex-reitora Maria Lúcia Cavali Neder (PC do B), que foi candidata a suplente de senador em 2020 e tem simpatia dos colegas para repetir a tentativa de emplacar a senatória.
 
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