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31/03/2022 às 16:07

Comandante defende corporação e diz que PMs estão sendo acusados de serem criminosos

Leiagora

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jonildo José de Assis, saiu em defesa da corporação e dos policiais militares alvos da “Operação Simulacrum”, deflagrada nesta quinta-feira (31) pela Polícia Judiciária Civil. Ele alegou que os militares estão sendo acusados de serem criminosos. 

“O que estão fazendo com os nossos policiais é um absurdo. Eles estão sendo acusados de execuções, quando atuavam em defesa da sociedade e da própria vida”, afirmou o comandante.

Na avaliação de Assis, são fatos tirados de um contexto e que desvirtuam a realidade do que aconteceu. “Os 24 casos de homicídios, que culminaram com essa operação foram registrados em boletins de ocorrência e em eventos totalmente distintos", alegou.

O coronel também alegou que os casos já estavam sendo apurados em inquéritos policiais militares sob o controle do Poder Judiciário e Ministério Público. "Os nossos policiais e oficiais estavam no combate, em defesa da sociedade. Agora, quem protegeu, resguardou o cidadão de bem, é taxado como bandido. Isso é uma inversão de valores que não vamos permitir que aconteça”, ressaltou.

Assis deixou clara sua indignação com o fato de todos os casos terem sido colocados numa investigação e os policiais serem acusados de formação de quadrilha. Para o comandante, cada caso teria que ser investigado em separado. 

"São homens que colocam todos os dias a própria vida para defender a sociedade. Que estão frente à frente com bandido. Que saem de casa e não sabem se irão voltar, porque tem como único objetivo proteger o cidadão. Agora estão todos com o nome e sobrenome expostos na imprensa e o bandido que mata, estupra e rouba não pode divulgar o nome, o rosto a profissão, porque a lei protege. Defendo Instituição, meus homens e suas prerrogativas e o direito a ampla defesa e o contraditório, ninguém pode ser considerado culpado antes de uma sentença condenatória definitiva”, ressaltou.

O comandante ainda destacou que os policiais acusados atuam nas unidades especializadas da corporação. “Ações como essa só fortalecem a criminalidade. Quem vai querer ser um policial militar de ponta? Quem vai querer ir para a rua proteger a sociedade de uma ameaça real? Quem irá para um confronto ou entrar na mata para capturar criminosos, se não tem a certeza que o sistema está ao lado dele? Quem terá a coragem de proteger o cidadão quando este estiver ameaçado por um bandido armado?”, questionou.

Assis ainda ponderou que essa operação, da forma como foi feita, só prejudica a corporação, pois tenta confundir a opinião pública, “pois transforma policiais em bandidos”. Ele afirmou também que a PM não defende a ilegalidade e reclamou que os nomes dos militares estão sendo jogados na lama.

"Eles estavam no exercício da função. Policial tem família, e  nenhum sai de casa para matar ninguém. Nem entra na viatura e diz hoje vou matar um bandido porque vai passar boa parte de sua carreira respondendo na justiça. Força letal só é usada para defender o cidadão ou a própria vida”, disparou.

Ele ainda afirmou que desde o início da operação a Polícia Militar através da Corregedoria e dos Comandos Regionais envolvidos estão acompanhando todas as conduções e oitivas. "Além disso, as associações - Assoade e ACS - disponibilizaram equipes jurídicas para acompanhar os nossos policiais militares. Eles não estão sozinhos".

O comandante destacou ainda que a PMMT é única instituição presente nos 141 municípios e que trabalha diuturnamente em prol da sociedade "e conclama que essa mesma sociedade continue confiando na Polícia Militar, afinal são 187 anos defendendo a sociedade mato-grossense".

 
Com informações da assessoria
 
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