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06/04/2022 às 16:31

Quadrilha especializada em golpes por whats é desmontada durante operação

Alline Marques

Sete pessoas foram presas preventivamente e 14 mandados de busca foram cumpridos nesta quarta-feira (6) durante a Operação Camaleão que teve como alvo uma quadrilha especializada em aplicar golpes pelo whatsapp. A ação cumpriu ordens judiciais de prisão preventiva e de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande.

As investigações foram iniciadas em junho de 2021 e apontaram para a existência de uma organização criminosa em Mato Grosso especializada em aplicar golpes em vítimas de diversos estados do país.

As funções dos integrantes do grupo eram dividias em dois núcleos. O operacional era responsável por obter dados das vítimas, habilitar chips de telefonia para uso exclusivo na aplicação de golpes, enviar mensagens de whatsapp para as vítimas, se fazendo passar por familiares delas e solicitar a transferência de valores para contas que indicavam, alegando tratar-se de situações urgentes.


O segundo núcleo era o financeiro e ficava com a função de fornecer contas bancárias e chaves de Pix para serem indicadas às vítimas, pelo recebimento dos valores oriundos dos golpes e seu rápido saque ou transferência, de modo a evitar a recuperação do prejuízo pelas vítimas e a garantir a distribuição do proveito ilícito entre os membros da organização. Segundo apurado, muitos dos estelionatos consumados foram cometidos contra vítimas de Minas Gerais.

Além disso, foi decretada a indisponibilidade de R$ 1,8 milhão em bens e ativos dos investigados, para fins de futuro ressarcimento às vítimas. Os indícios até o momento colhidos indicam que a organização criminosa movimenta a quantia aproximada de R$ 10 mil por dia útil, o que representa cerca de R$ 1,8 milhão de prejuízos ocasionados às diversas vítimas.

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 11ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte e da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber). 

A operação teve a participação da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG) e apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPMG, do Gaeco/MT, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) do MPMG e das polícias Judiciária Civil (PJC) e Militar do Estado de Mato Grosso (PMMT).

Nome da operação

O nome da operação (Camaleão) faz referência ao fato de os estelionatários se “camuflarem” para enganar as vítimas e mudarem constantemente de identidade utilizada no Whatsapp.
 
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