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09/04/2022 às 16:00 | Atualizada: 09/04/2022 às 16:00

Busca por espaços na majoritária podem levar PSDB para oposição

Jardel P. Arruda

Apesar de manter uma boa relação com o grupo do governador Mauro Mendes (União), o presidente regional do PSDB, deputado estadual Carlos Avallone, vê dificuldades para o Partido Social Democrático Brasileiro ser acomodado no arco de alianças governista nas eleições de 2022. De acordo com ele, o chefe do Executivo Estadual já tem problemas para manter o grupo e um eventual racha pode beneficiar a oposição.

“Os espaços do lado do Mauro já tem uma briga grande e pode ser um problema para ele fechar todo grupo. Um racha ali pode favorecer a oposição que está se articulando aí. E o PSDB vai aguardar o momento certo para se decidir”, afirmou Avallone, na quarta-feira (6), em entrevista na Assembleia Legislativa.

A avaliação do dirigente tucano foi feita quando questionado sobre qual será posição do PSDB na articulação majoritária para o pleito deste ano. Avallone ressaltou que o partido faz parte da base do governador na Assembleia Legislativa, bem como na do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), principal articulador da oposição, na gestão municipal de Cuiabá.

“Estamo na base do governador Mauro Mendes. Agora, também o PSDB está na base do prefeito Emanuel Pinheiro. Se houver uma candidatura de oposição (...) que a gente participe da montagem dela com nomes na chapa majoritária, como temos os nomes do Nilson Leitão ou do Francis Maris, que está como pré-candidato a deputado estadual mas pode ser alçado a um cargo majoritária podemos estar compondo, como podemos estar compondo com o governador mauro Mendes”, explicou.

Partido com tradição na política mato-grossense, tendo sido a casa do ex-governador Dante de Oliveira e com mais de 40 mil filiados em Mato Grosso, o PSDB vive um momento mais discreto na política estadual desde a derrota de ex-governador Pedro Taques, então filiado ao PSDB, na tentativa de reeleição em 2018, e de Nilson Leitão na tentativa ao Senado em também naquele ano e em 2020, na eleição suplementar.

Na janela partidária, a sigla perdeu um deputado estadual; Wilson Santos que migrou ao PSD. Contudo, o partido ainda possui filiados de expressão em todos os pólos de Mato Grosso e, com a federação com o Cidadania, Avallone acredita no potencial de eleger entre dois ou três deputados estaduais e um deputado federal. “Diferente de outros partidos, o PSDB não estava desesperado atrás de novas filiações. Temos mais de 41 mil filiados em Mato Grosso”. disse o dirigente partidário.
 
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