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07/04/2022 às 09:18 | Atualizada: 07/04/2022 às 10:26

Irmão de Emanuel é um dos quatro indiciados na Operação Fake News

Eduarda Fernandes e Paulo Henrique Fanaia

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Crimes Informáticos (DRCI), concluiu nesta quinta-feira (6) o inquérito da Operação Fake News, deflagrada em dezembro de 2021 para apurar a conduta de uma possível associação criminosa voltada para a criação e divulgação de notícias falsas com motivação política.

Conforme apurou o Leiagora, um dos alvos da operação foi o irmão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Marco Polo de Freitas Pinheiro, mais conhecido como Popó Pinheiro. Ele está entre os indiciados, bem como o jornalista Alexandre Aprá, o ex-servidor da Saúde William Sidney Araújo de Moraes e o ex-assessor Luiz Augusto Vieira Silva, o Guto.

No relatório final das investigações, quatro pessoas foram indiciadas pelos crimes de injúria, calúnia, difamação, perseguição (todos na forma majorada), falsa identidade e associação criminosa.

Nos fatos apurados no inquérito policial instaurado na DRCI foi identificada uma associação criminosa responsável pela fabricação e disseminação de fake news e arquivos digitais (fotos, vídeos, memes, textos apócrifos e outros) de conteúdo ofensivo contra agentes políticos, empresários e servidores públicos do Estado.  

Foi realizado um intenso trabalho investigativo tecnológico que permitiu identificar que os quatro indiciados integravam a associação criminosa com motivação política. Um dos indiciados no inquérito cumpre pena em regime aberto em razão de condenação por roubo majorado, furto qualificado e por integrar quadrilha de roubo a banco.  

Nas apurações foram colhidos inúmeros elementos informativos, em mais seis inquéritos policiais que estão em fase conclusiva, sendo possível estabelecer a conexão e coordenação entre os investigados.

Outro lado

A prefeitura não irá se manifestar sobre o indiciamento e pontuou que os servidores foram exonerados antes da deflagração da operação.

A defesa de Popó, patrocinada pelo advogado Francisco Faiad, informou que não irá se manifestar no momento.

Alexandre Aprá se manifestou por meio da seguinte nota:

Estou sofrendo represália porque representei o delegado e o promotor do inquérito por obstrução de Justiça no inquérito que apura a contratação de um detetive particular que foi filmado dizendo ter sido contratado pelo governador do Estado por intermédio de um fornecedor.

Ambos estão trabalhando para obstruir o andamento da investigação da contratação do detetive e tentar desqualificar a notícia-crime que apresentei me envolvendo em fatos que em nada tem a ver com o que denunciei. Mas, não temo nada porque sequer fui ouvido neste inquérito encerrado hoje e há fartos elementos no outro inquérito sobre a contratação do detetive e, mesmo com a recusa do delegado da DRCI e do promotor do caso em investigá-los, a verdade irá aparecer.
 
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