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09/04/2022 às 17:25

Lúdio espera Lula mais maduro para enfrentar bolsonarismo e neoliberalismo

Jardel P. Arruda

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) acredita que Luís Inácio Lula da Silva amadureceu desde quando deixou a presidência e que o período na prisão pode ter o ajudado a entender mais sobre como gerar mudanças estruturais no Brasil. Para o parlamentar petista, apenas a conciliação é insuficiente para manter melhorias sociais.

“Lula amadureceu. Ele governou o país por 8 anos, saiu com uma aprovação na casa dos 90%. Depois sofreu uma perseguição midiática, judicial, uma farsa judicial, ficou preso 580 dias e nesse período teve condições de acumular um aprendizado importante.  Ter consciência que no brasil não apenas a conciliação produz a mudança que o país precisa”, disse Lúdio, em entrevista na Assembleia Legislativa nesta semana.

O ex-presidente Lula governou o Brasil entre 2003 e 2010, em gestão marcada com a introdução de programas sociais, como o Bolsa Família e o Fome Zero, programas que possibilitaram a saída do país do mapa da fome. Também houve a triplicação do PIB per capita do país.  

Agora, o Brasil retornou ao mapa da fome e a população empobreceu entre 2012 e 2022. Por isso, Lúdio espera que o presidente não busque apenas um governo de conciliação, em caso de vitória, mas de mudanças estruturais para garantir a perpetuação dos programas sociais. 

“O Brasil mudou, ele mudou, o Geraldo Alckimin mudou. Então, eu espero que, mesmo com a aliança com o PSB, mesmo tendo o Alckimin como  vice, nós tenhamos um enfrentamento não só ao bolsonarismo, mas também ao neoliberalismo que está levando nossa população a fome e ao ao sofrimento”, disse Lúdio, em relação a atual realidade socioeconômica do país.

Por outro lado, o governo Lula também foi marcado pelo escândalo do mensalão. Em julho de 2017, foi condenado em 1ª instância pelo então juiz federal Sergio Moro, a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. 

Com a confirmação em segunda instância da sentença, que aumentou a pena, teve sua prisão decretada e entregou-se à Polícia Federal em abril de 2018. Em novembro de 2019, foi solto por decisão do Supremo Tribunal Federal e em 2021 recuperou os direitos políticos.
 
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