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26/04/2022 às 17:25

Chapa de deputado federal do PSD deve ser reformulada e pode esvaziar

Jardel P. Arruda

A chapa para deputado federal do Partido Social Democrático (PSD) deve passar por uma “reformulação” devido à prisão de um dos principais pré-candidatos do  grupo, o ex-secretário de Ciência e Tecnologia Nilton Borgato, e a cobrança de arranjos políticos feitos com o MDB. Alguns pré-candidatos, como Gilmar Fabris e Pedro Satélite, já informaram a intenção de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.

O acordo político feito com a família Lacerda, que apoiou o senador Carlos Fávaro, presidente regional do PSD, na eleição suplementar ao Senado de 2020, de eleger Irajá Lacerda é a principal motivação para ainda manter a chapa de deputado federal. 

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“A chapa de federal do PSD está se desfazendo”, disse um dos pré-candidatos, em off, ao Leiagora. De acordo com ele, a prisão de Borgato causou a sensação de “abatimento” e, por isso, se tornou muito mais atrativa a ideia de uma chapa fortalecida na disputa ao Parlamento Estadual, com possibilidade de conseguir até cinco vagas, ao invés de gastar esforços em uma disputa com pouca viabilidade eleitoral pela Câmara dos Deputados.

Fontes próximas do senador Carlos Fávaro afirmam que a chapa de deputado federal será reposta a altura no caso de algum pré-candidato decidir recuar, principalmente porque a pré-lista contava com 12 nomes para nas convenções selecionarem os 9 melhores. 

Arranjo com o MDB - Outro motivo que pode esvaziar a chapa de deputado federal do PSD é um acordo político feito com o MDB dos deputados federais e pré-candidatos à reeleição Carlos Bezerra e Juarez Costa. 

Para garantir apoio irrestrito na disputa ao Senado pelo deputado federal Neri Geller (PP), que é do mesmo grupo político de Fávaro, os emedebistas teriam cobrado o apoio das principais lideranças do PSD na disputa por vagas na Câmara dos Deputados, além das lideranças do PP. Agora, a “fatura” está sendo cobrada.
 
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