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27/04/2022 às 09:13 | Atualizada: 27/04/2022 às 09:23

Forças de segurança fazem operação contra desvio e adulteração de fertilizantes

Denise Soares

Forças de segurança realizam, nesta quarta-feira (27), a operação Placebo, para combater crimes de furto, roubo, estelionato, adulteração e desvio de carregamentos de fertilizantes agrícolas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
 
As ações são feitas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco / MT), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar.
 
Estão sendo cumpridos 21 mandados e busca e apreensão pessoal e domiciliar e quatro mandados de prisão preventiva, além de medida judicial de proibição de contato entre os investigados, sequestro e bloqueio de bens.
 
As ordens judiciais, determinados pela Sétima Vara Criminal de Cuiabá, são cumpridas na região de Rondonópolis e Cáceres, e em São Gabriel do Oeste e Dourados, no Mato Grosso do Sul.
 
De acordo com o Gaeco, os investigados tomavam os carregamentos de fertilizantes agrícolas ainda na posse de motoristas, que também eram cooptados para o crime.
 
Em seguida, trocavam a carga por material “adulterado” para ser entregue ao destinatário, que no caso são os produtores rurais.
 
Como o produto entregue era adulterado, o que deu nome à operação, causava prejuízos diretos às lavouras, bem como aos transportadores, agenciadores e muitos outros que arcavam com os prejuízos das cargas subtraídas.
 
Esse material verdadeiro era novamente “adulterado” e multiplicado, no qual eram adicionados produtos de baixo ou nenhuma qualidade, sendo posteriormente revendido a outros produtores rurais como fertilizante agrícola legítimo.
 
Apurou-se também que diversas empresas atuavam como verdadeiras “fabricantes” de nota fiscal, com a finalidade de legalizar uma “fictícia” entrada do produto em estoque, sendo que essas empresas ainda eram utilizadas para emissão de notas fiscais de venda e transporte do material subtraído, com aparência de produto legal.
 
O prejuízo causado pelos crimes investigados, somente no ano de 2019, são de cifras acima de R$ 39 milhões, segundo levantamentos parciais realizados pelas empresas de transporte, agenciamento, produção e comercialização de fertilizantes agrícolas.
 
Também deram suporte a investigação o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
 
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