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18/05/2022 às 09:00

Pré-candidato ao Senado, Neri Geller corre risco de isolamento

Débora Siqueira

O pré-candidato ao Senado, Neri Geller (PP) corre risco de isolamento na disputa eleitoral. Os apoios que ele contava ter já não sinalizam que vão apoiá-lo na briga pela única vaga ao Senado nessas eleições deste ano.
 
Um deles é o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Max Russi (PSB). Neri contava com ele no movimento Avança Mato Grosso em prol de sua candidatura, mas apesar do PSB constar como sigla que o apoia, nenhuma liderança do partido participou do lançamento da pré-candidatura dele, no dia 6 de maio, em Alta Floresta, e sequer assinou a carta de compromissos.
 
Enquanto Geller acredita na presença de Max no palanque dele, o deputado tem percorrido o estado com a médica Natasha Slhessarenko (PSB), apresentando prefeitos, vereadores e lideranças políticas para ela, que é novata na política e filha da ex-senadora Serys Marly.

A aposta de Neri é de que Max possa convencer Natasha a voltar atrás do projeto político e se candidatar à Câmara Federal ou ser suplente dele. Contudo, em entrevista, a médica convidou o deputado federal a ser suplente dela, mostrando que veio com tudo na briga pela vaga. 
 
Embora o governador Mauro Mendes (União) mantenha mistério sobre a candidatura para reeleição, não é segredo que o apoio do governador é disputado palmo a palmo por Geller e o ex-senador Wellington Fagundes (PL).
 
Contudo, Fagundes saiu na frente amarrando a parceria entre o governador e o presidente Jair Bolsonaro, ambos com alta aprovação pelos eleitores mato-grossenses.
 
Geller ainda crê no compromisso de Mendes com ele e destaca que buscou recursos e foi parceiro do governador desde o primeiro ano de gestão. Contudo, na campanha eleitoral de 2018, Neri não pediu votos a Mauro Mendes, mas ao atual adversário Wellington Fagundes.
 
Com discurso de grupo político, a quem tem como fiel apenas o PSD - pois parte do MDB também caminha em direção ao PL -, o deputado federal também tem batido no discurso apenas do agronegócio, ainda restrito a uma parcela da população que é capaz de eleger um deputado federal, mas não um senador que deve ter outras pautas que interessem especialmente a Baixada Cuiabana, com maior contingente de eleitores.
 
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