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20/05/2022 às 07:35 | Atualizada: 20/05/2022 às 07:47

Wilson critica engavetamento de projeto que libera pesca do Dourado

Angélica Callejas

O deputado estadual Wilson Santos (PSD), autor do projeto que busca a liberação da pesca do peixe Dourado em Mato Grosso, criticou a Comissão de Meio Ambiente por não levar adiante o tema da proposição e ainda estimular a pesca esportiva. A declaração foi realizada nessa quinta-feira (19), no Palácio Paiaguás.

De acordo com o parlamentar, a proposta é importante porque atualmente há uma população excessiva dessa espécie na bacia do Alto Paraguai, que se alimenta de outros peixes, como Piau e Piraputanga. Isso pode resultar na dizimação dessas espécies menores, disse Wilson.

“Há um desequilíbrio. Nós temos estudos em relação a isso e espero que até o final do semestre a Assembleia possa tomar uma posição de anular a lei que proíbe a pesca do Dourado”, argumentou o parlamentar.

Para Wilson, ainda é inconcebível que seja legal a pesca esportiva da espécie. O social-democrata afirma que, apesar de no “entendimento” ser permitida, a lei proíbe qualquer tipo de pesca, seja esportiva, difusa, artesanal ou profissional.

“A Comissão de Meio Ambiente tem uma posição equivocada em relação a esse assunto. Ela não tem estudo nenhum para manter a pesca proibida. Não contrata instituição de pesquisa nenhuma para fazer estudo, e simplesmente quer estimular a pesca esportiva no estado, sem nenhum conhecimento científico, desrespeitando os pareceres e estudos científicos que dizem que é preciso liberar a pesca”, criticou.

Diante disso, o Wilson declarou que já realizou requerimento de audiência pública para debater o tema, e ressaltou a importância da presença de pesquisadores da área, das universidades e simpatizantes das diversas modalidades de pesca. Conforme dito pelo deputado, essa seria a melhor saída para encontrar um denominador comum e então poder intervir no desequilíbrio das espécies nos rios.

Apesar de defender a liberação da pesca, o parlamentar não se mostrou um admirador da pesca esportiva e lembrou que alguns países já proibiram essa atividade por considerarem crueldade.

“Não tenho uma opinião formada ainda, mas precisamos aprofundar os estudos para que mais cedo ou mais tarde não venhamos a ser acusados de praticar uma crueldade contra os animais. Dizer que os peixes não sofrem dor é um absurdo. Arranca o olho, arrebenta com o esôfago, com o estômago do peixe. E o peixe, na minha concepção, foi feito para alimentar o ser humano”, finalizou Wilson.
 
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