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01/06/2022 às 07:36 | Atualizada: 01/06/2022 às 08:18

Secretário é convocado por deputado para explicar privatização de ensino técnico

Leiagora

O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Maurício Munhoz, foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a situação das escolas técnicas estaduais (ETE) de Mato Grosso na Assembleia Legislativa na próxima quinta-feira (2), a partir das 9h. A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Educação Profissional e Tecnológica de Mato Grosso (Sinprotec), Jenaina Nasser, também deve participar.
 
A convocação partiu do deputado estadual Ludio Cabral (PT). Entre os temas a serem debatidos estão a cessão dos espaços físicos das escolas técnicas em diversos municípios para se tornarem escolas militares e a privatização do ensino técnico e profissionalizante na rede estadual de Educação, com contratação de entidades do Sistema S para dar cursos.
 
Também há denúncias de que o Governo de Mato Grosso não estaria cumprindo o percentual mínimo de 60% de servidores nos cargos comissionados. O parlamentar também requereu informações da secretaria acerca dessa situação.
 
Na justificativa do requerimento, Ludio citou que a recém-inaugurada em Cuiabá, assim como as escolas técnicas de Primavera do Leste e Água Boa, que ainda não tiveram as obras concluídas, já teriam acordos de doação do espaço para funcionamento de escolas militares.
 
Por outro lado, ele cita que há o sucateamento das escolas técnicas, com falta de recursos para contratar internet, manter laboratórios e adquirir materiais para aulas práticas, enquanto o governador estaria utilizando recursos da Secretaria Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) para contratar entidades privadas para ofertar cursos técnicos.
 
“O descompromisso do governo com a educação profissional não está somente no loteamento irregular dos prédios das Escolas Técnicas Estaduais, mas também na utilização dos recursos destinados à Educação Profissional e Tecnológica para a contratação de vagas junto a entidades integrantes do Sistema S, enquanto a Seciteci detém em seus quadros profissionais com competência técnica para essa oferta, com mais de 80% dos professores mestres e doutores, ao mesmo tempo que as ETEs remanescentes não têm recursos para a contratação de internet, manutenção dos laboratórios, aquisição de materiais para as aulas práticas”, diz trecho do requerimento.
 
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