Brigadistas indígenas fazem curso e são treinados para atuarem em incêndios em aldeia
Leiagora
Indígenas da etnia Bakairi, na Terra Indígena Bakairi, no estado de Mato Grosso, passaram por formação para serem brigadistas. A Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) promoveram ações de capacitação para a formação dos indígenas.
A ação foi realizada entre os dias 6 e 13 de maio, sendo a primeira etapa do Programa Brigadas Federais Indígenas (BRIFs-I) na Terra Indígena Bakairi.
Nessa fase, ocorreu a seleção de candidatos indígenas e o curso de formação de brigadistas. O processo seletivo teve 44 inscritos, que foram avaliados em testes físicos com provas de TAF (teste de aptidão física) e THUFA (teste de habilidades de uso de ferramentas agrícolas).
Para o curso de formação foram selecionados 41 candidatos.
Ao final do curso e da prova objetiva, foram aprovados 22 indígenas, que se juntaram a outros sete brigadistas já contratados antecipadamente para ações de Manejo Integrado do Fogo (MIF), totalizando 29 brigadistas indígenas formados para atuarem em ações preventivas e de combate a incêndios na Terra Indígena Bakairi.
A Funai apoiou a iniciativa por meio da por meio da Coordenação Regional (CR) de Cuiabá e da Coordenação de Prevenção a Ilícitos/Coordenação-Geral de Monitoramento Territorial (Copi/CGMT).
As BRIFs-I são contratadas anualmente por meio de edital elaborado pelo Prevfogo/Ibama, atuando na prevenção a incêndios florestais e no combate ao fogo nas Terras Indígenas contempladas a cada ano via edital.
Os cursos valorizam os conhecimentos tradicionais e promovem o diálogo intercultural acerca das práticas relacionadas ao manejo do fogo.
A aplicação das técnicas de MIF, como as queimadas controladas e a abertura de aceiros, antecede o período da estiagem de cada região, visando criar um cinturão de amortecimento em torno das Terras Indígenas para fins de contenção das chamas.
O MIF é baseado em aspectos sociais, culturais e ecológicos das comunidades indígenas, promovendo o fortalecimento de técnicas de manejo ancestrais do fogo aliadas às novas técnicas e conhecimentos científicos na área.
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