Crítica à 'familiocracia', Serys nega querer se perpetuar na política com chegada da filha
Da redação - Angélica Callejas / Da reportagem local - Jardel P. Arruda
A ex-senadora e pré-candidata a deputada federal, Serys Slhessarenko (PSB), disse abominar a “familiocracia”. Crítica, antes mesmo de ser questionada, a postulante buscou esclarecer que não é o seu caso. Isso porque a filha de Serys, Natasha Slhessarenko, também está no PSB, lançada como pré-candidata ao Senado.
Para Serys, esse quadro no partido não demonstra que ela queira perpetuar seu nome na política, até porque, segundo as palavras da ex-senadora, Natasha estaria colocada no cenário há mais tempo, já ela, seria uma recém-chegada.
“É um ponto que eu gosto sempre de esclarecer. Por que eu abomino? Não acho conveniente as pessoas acharem que tem que vir pro poder e trazer a família inteira, como os senhores sabem, e a senhoras, muito bem, quem foi para o poder e levou a família inteira… e aqui por perto de nós também tem”, conclui a ex-senadora.
Apesar de não ter citado nomes, é possível imaginar que Serys estivesse se referindo ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem seu clã já solidificado na política. Os três filhos mais velhos de Bolsonaro, Flávio, Carlos e Eduardo ocupam cargos legislativos como senador, vereador e deputado federal, respectivamente.
A possibilidade da crítica ser direcionada ao Bolsonaro também se reforça pelo fato da ex-senadora recentemente afirmar que deve apoiar a chapa Lula-Alckmin na disputa à Presidência da República.
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