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26/06/2022 às 15:55

Beto critica politização em torno da RGA em período eleitoral

Eduarda Fernandes e Paulo Henrique Fanaia

Evitando polemizar, o ex-secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso, Alberto Machado (PSB), entende que temas sensíveis como a concessão da Revisão Geral Anual (RGA) sempre vão existir, mas o 'grande erro' é politizar a questão durante o período eleitoral.

Em entrevista concedida ao programa Agora na Conti na terça-feira (21), o pré-candidato a deputado estadual disse não ser certo que às vésperas de uma eleição tentem construir um diálogo com o intuito de pressionar, não levando em conta a lógica da questão.

“As ações não devem ser pautadas só por eleição. A gente não pode acabar uma eleição e começar outra, não podemos viver em função disso. Eleição é um período no qual você se dedica para conseguir um mandato ou não. A partir dali você tem que pensar com clareza, com maturidade e sem politicagem”, comentou Beto Dois a Um, como também é conhecido.

PDL arquivado

No início deste mês, o Projeto de Decreto Legislativo que susta os efeitos do acordão do Tribunal de Contas (TCE) no que se refere à RGA de 2018 foi arquivado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). A maioria dos eputados estaduais aprovou o parecer da Comissão se Trabalho e Administração Pública, que se posicionou contra a matéria.

A votação ocorreu em meio à manifestação dos servidores públicos estaduais, que lotaram as galerias da Casa de Leis, com o intuito de pressionar os parlamentares a aprovarem a medida.

Nesta semana, servidores públicos prometeram paralisar as atividades na quarta (22) em todo o Estado para promover uma manifestação em frente ao Palácio Paiaguás, no Centro Político. A medida foi reflexo do não pagamento da RGA de 2018.

No mesmo dia, nos corredores da ALMT, durante a sessão ordinária, o deputado estadual Eduardo Botelho (União), presidente do Legislativo, defendeu que haja uma recomposição inflacionária acima do percentual deste ano, para contemplar os servidores públicos que ficaram dois anos sem receber a RGA. A medida, de certa forma, atenderia a reivindicação da categoria, que briga pelo pagamento do benefício referente ao ano de 2018.

O parlamentar, contudo, afirma que o Parlamento estadual não pode dar garantias de que isso será feito, tendo em vista a redução do ICMS do combustível aprovado pelo Congresso Nacional, o qual deverá impactar na arrecadação do Estado.
 
 
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