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29/06/2022 às 16:00

Nova geração de jovens indígenas retornam às aldeias para trabalhar após conclusão da faculdade

Leiagora

Centenas de jovens indígenas da etnia Haliti-Paresi buscam o acesso ao ensino superior em cidades próximas de suas aldeias já com um objetivo em mente: retornar à terra indígena para trabalhar, após a conclusão da faculdade, e aplicar o conhecimento adquirido em sua própria comunidade.

A educação é defendida e tratada como prioridade pelas lideranças da Terra Indígena Utiariti, por isso, a tendência é de que o número de graduados continue aumentando na região.

São inúmeros exemplos de casos bem sucedidos nas aldeias localizadas próximas ao município de Campo Novo do Parecis (MT), agora com indígenas enfermeiros, médicos, engenheiros, professores, farmacêuticos, advogados, entre outras formações. Desde que o trabalho agrícola foi iniciado na região, aumentou a necessidade de profissionais capacitados para trabalhar nas lavouras.

O engenheiro agrônomo Lúcio Ozanazokaede é o primeiro indígena da etnia graduado nesta área pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Atualmente, é diretor da Cooperativa Agropecuária do Povo Indígena Haliti-Paresi (Coopiparesi) e lidera os trabalhos na lavoura, tanto no plantio como na colheita dos grãos.

A médica Nalva Maizokaero atua há 4 anos na Terra Indígena Utiariti e conta que, atualmente, se sente realizada em poder praticar a medicina em sua comunidade. 

Aos 24 anos, Liliane Akenezokaeroce começou a estudar na Faculdade de Agronomia para seguir os passos do pai e trabalhar na lavoura. Durante a semana, ela frequenta a universidade no município de Tangará da Serra e só retorna para a aldeia aos finais de semana, momento em que reencontra os dois filhos pequenos.

 
Com assessoria
 
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