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03/07/2022 às 08:51 | Atualizada: 03/07/2022 às 09:02

Paccola se posiciona e diz que atirou porque agente ‘fez menção de virar com a arma’

Angélica Callejas

O vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) publicou em seu site, neste sábado (3), a sua versão sobre a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, na qual afirma “não ter restado outra opção” além de atirar na vítima. Paccola reafirma que viu Alexandre com a arma em punho e que mesmo sendo ordenado a parar por várias vezes, o agente teria tentado virar em sua direção.

O parlamentar argumenta que estaria a caminho de um compromisso, junto de seu assessor, e se deslocava da avenida Presidente Artur Bernardes para a avenida Senador Filinto Muller, quando se deparou com a aglomeração. Diante disso, Paccola ao observar a ausência de policiamento no local, decidiu averiguar a situação, porém não teria observado nada além de um “desentendimento” e já havia decidido retornar ao seu veículo.

Porém, Paccola afirma que ouviu alguém na multidão gritar “ele está armado”, e outra pessoa dizer “ele vai matar ela”, momento que andou até a esquina da conveniência e viu Alexandre com a arma em mãos, andando atrás de uma mulher.

“Diante da cena de clara ameaça, se viu então obrigado a sacar a arma e verbalizou algumas vezes com o cidadão: “polícia, larga a arma”! Infelizmente, ao invés de atender a ordem, o cidadão fez menção de virar com a arma em punho em direção ao vereador tenente-coronel Paccola, não restando outra opção, senão o de utilizar os meios necessários e proporcionais para o exercício da legítima defesa própria e de terceiros, com intuito de neutralizar a injusta agressão visualizada, efetuou os disparos que atingiram o agente socioeducativo Alexandre”, relatou trecho da nota.

Após disparar os tiros que mataram Alexandre, Paccola disse que a mulher que acompanhava a vítima estaria com um “comportamento instável” e que por isso pediu que seu assessor pegasse a arma do agente, que estava no chão, ao lado da mão direita de Alexandre. “Sendo assim, ficou visível nas fotos e vídeos somente o coldre rígido que estava em sua cintura, aparentando ser uma arma”.

O vereador ainda afirmou que só veio a ter ciência acerca dos relatos sobre direção perigosa e ameaça contra os clientes da conveniência envolvendo Alexandre após a morte do agente.
 
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