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04/07/2022 às 16:57 | Atualizada: 05/07/2022 às 17:41

'Japão' era cliente de Paccola e frequentava stand de tiro do vereador

Alline Marques

A arma do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, foi comprada na loja Força e Honra, de propriedade do vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos). A informação é do presidente do Sindicato de Servidores do Socioeducativo do Estado de Mato Grosso, Paulo Cesar de Souza, que ainda classificou o fato como uma “ironia do destino”.

Além disso, Paulo conta que Alexandre frequentava o stand de tiro, também de propriedade de Paccola, e que eles se conheciam, mas ressalta que “não eram amigos”.

“Como temos porte de arma, ele [Alexandre] comprou a arma na loja do Paccola, ia praticar tiro lá, era cliente dele”, contou o presidente do sindicato ao ser questionado se os dois se conheciam. 

Alexandre foi morto a tiros na noite de sexta-feira (1º) pelo vereador, que passava pelo local e foi informado de que o agente estava armado discutindo com a mulher. Desde então, a versão vem sendo contestada até mesmo pela namorada da vítima. 

Na manhã desta segunda-feira (4), o vídeo do momento do tiro foi divulgado e as imagens mostram que a mulher estava discutindo com algumas pessoas na conveniência, quando Alexandre chega e ela o empurra.

Depois de algum tempo, ele vai novamente atrás da mulher, que segue discutindo com algumas pessoas já dentro da conveniência. A namorada volta a empurrá-lo, momento em que Alexandre levanta uma das mãos, e ela sai andando e ele a segue com as mãos para baixo e é baleado ainda de costas para o parlamentar, que atira cerca de 3 segundos após virar a esquina.

Paccola, em entrevista coletiva na manhã desta segunda, admitiu que "conhecia de vista" o agente socioeducativo. A vereadora Edna Sampaio (PT) também pontuou que eles eram "conhecidos". 

Outro lado 

Em nota, o parlamentar afirmou que não era amigo e não se lembra de ter tido qualquer tipo de contato com Alexandre antes do fato ocorrido. Ele alegou ainda que o presidente do Sindicato dos Agentes Socioeducativo, Paulo César, está cometendo um equívoco confundindo o vereador com o gerente da loja de armas.
 
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