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05/07/2022 às 17:57

Vereadores criticam postura de Edna e falam que ela está politizando morte de agente

Kamila Arruda

Vereadores de Cuiabá usaram a tribuna da Câmara nesta terça-feira (5) para pedir que caso envolvendo o vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) não seja usado de forma eleitoreira, tendo em vista a proximidade do pleito deste ano.

O primeiro a levar esse tema para a sessão ordinária foi o vereador Eduardo Magalhães (Republicanos). “Aqui, perante a toda população cuiabana e aos meus colegas vereadores, eu posso fazer uma promessa. A promessa que faço é que como vereador dessa Casa, é de não utilizar esse caso como palanque político, de não usar essa tragédia, que aconteceu com essas famílias pra me promover, para trazer a baile questões ideológicas e políticas”, disse.

Para o parlamentar, estão utilizando a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41, em discussões políticas. “Com muita tristeza que nós vemos muitos querendo fazer um debate pró-Lula, pró-Bolsonaro, contra o armamento, usando a tragédia para atingir um objetivo político e ideológico. Quero agir com isenção e imparcialidade”, completou.

Já o vereador Dilemário Alencar (Podemos) defendeu que Paccola se afaste das funções legislativas para evitar maiores polêmicas. O parlamentar afirma que irá sugerir isso ao colega.

“Nosso entendimento é que, havendo a possibilidade do Paccola se licenciar, penso que seria bom. Não podemos agir como delegados ou juízes”, enfatizou.

A vereadora Michelly, por sua vez, foi mais além. Disse que em nenhum caso de morte existe a possibilidade de políticos usarem a dor de alguém para se manifestar em causa própria e ideológica. "Em nenhum momento nós devemos nos colocar na posição de investigadores, na posição de justiça ou na posição de quem quer que seja que está treinado para fazer um trabalho que nós não estamos”, criticou.

As declarações dos parlamentares fazem referência, especialmente, ao posicionamento da vereadores Edna Sampaio (PT) que protocolou uma representação junto à Mesa Diretora e a Comissão de Ética pedindo o afastamento e a cassação do mandato de Paccola, que matou a tiros o agente socioeducativo na última sexta-feira (1º).
 
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