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06/07/2022 às 19:21

Previdência muda regras e força-tarefa deve agilizar concessão de benefícios

Débora Siqueira

A Previdência Social montou uma força-tarefa e mudou algumas regras para tornar mais ágil a concessão de benefícios que estavam represados. O cenário foi  agravado com a pandemia da covid-19, que suspendeu os atendimentos presenciais deixando muitos beneficiários sem saber o que fazer, especialmente os que não tinham facilidade de uso de canais eletrônicos.

Agora, os agendamentos presenciais retornaram com atendimento diário de 6 horas e podem ser realizados pelo número 135 e ou pelo APP Meu INSS.
 
Em entrevista ao programa Agora na Conti na noite desta quarta-feira (06), a advogada previdenciária Camila Regina Santos explicou que a força-tarefa montada pelo INSS, também em Mato Grosso, ampliou o horário de funcionamento para 12 horas, sendo seis horas de atendimento direto ao cidadão e as outras seis horas de atendimento interno para análise dos pedidos.
 
“A proposta é de que os agendamentos realizados sejam para a mesma semana que o beneficiário marcou pelo aplicativo ou pelo telefone. Apesar de não poder fazer isso, se o INSS não consegue entrar em contato com o beneficiário, ele bloqueia o benefício para que a pessoa tenha que comparecer presencialmente a uma unidade, mediante o agendamento”, explicou.
 
Camila orientou ainda que os agendamentos não são para dar entrada nos benefícios, mas solucionar pendências. Muitas pessoas com os benefícios suspensos podem levar até cinco meses para regularizar.
 
Em relação à perícia médica, a advogada diz que os processos que deveriam durar até 90 dias podem levar anos, o que leva a judicialização dos casos.
 
“É um problema recorrente com a demora nas análises. Muitas vezes tem que recorrer à Justiça com Mandado de Segurança por Desídia, obrigando o INSS analisar com urgência o pedido”.
 
A advogada também disse que uma mudança muito importante, que ocorreu com retorno do atendimento presencial, foi a possibilidade do beneficiário levar acompanhante na perícia. Antes, mesmo acamados, com problemas de locomoção, de fala e outras doenças, eram impedidos de ter alguém acompanhando dentro da sala com o médico perito.
 
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