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14/07/2022 às 14:01 | Atualizada: 14/07/2022 às 14:14

Vereador se diz consternado com pedido de prisão e busca e apreensão do MP

Kamila Arruda e Eduarda Fernandes

O vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) afirma que ficou “consternado” com o pedido de busca e apreensão e prisão preventiva feito pelo Ministério Público Estadual em seu desfavor, em razão da morte a tiros do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41, no dia 1º deste mês. Para ele, a justificativa apresentada pelo promotores de Justiça não condiz com a realidade.

“Ontem fui surpreendido com a decisão do Poder Judiciário, mas entendi o motivo pelo qual o Judiciário autorizou, apesar de não entender as justificativas do Ministério Público, mas fiz questão de dar a minha senha de abertura dos telefones para eles verificarem se eu em algum momento eu fiz isso para autopromoção”, disse o parlamentar nesta quinta-feira (14).

Nessa quarta (13), o juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais, negou o pedido de prisão preventiva, mas autorizou a apreensão dos aparelhos celulares do parlamentar.

A Polícia Civil pediu a prisão do vereador e o Ministério Público Estadual se manifestou favorável aos pedidos da autoridade policial, baseando o pedido da prisão preventiva para a garantia da ordem pública, sustentando que Paccola “se encontra conclamando à população, notadamente os militares, à agirem da mesma forma, pronunciando ainda maior abalo à ordem pública”.

Os promotores de Justiça ainda apontam que o vereador fez uso político do episódio e encontrou amparo para essa análise nas manifestações públicas do investigado. Além disso, citam a Operação Mercenários, na qual Paccola foi investigado.

“Esqueceram destacar que o próprio Ministério Público declinou na primeira oitiva qualquer vínculo meu com a Operação Mercenários, o próprio Ministério Público declinou a denunciação sobre organização criminosa”, observou o vereador, apontando contradição no órgão ministerial.

Paccola afirma lamentar a morte de Alexandre e que está enlutado, “mas estão querendo transformar ele em um santo”. “Não é porque ele teve a vida ceifada que os atos de irresponsabilidade têm que ser desconsiderados. E a mulher também precisa ser responsabilizada”, finalizou.
 
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